tag:blogger.com,1999:blog-89875012239404608132024-03-05T14:41:12.690+00:00De Mel e de SalVerahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.comBlogger821125tag:blogger.com,1999:blog-8987501223940460813.post-74251314521698854142020-09-03T16:53:00.000+01:002020-09-03T16:53:01.377+01:00A propósito de famílias<p style="text-align: justify;">Numa altura em que me vejo cada vez mais rodeada por "famílias nucleares", longe de tudo e de todos, penso e repenso a sorte que tenho. Nasci numa família grande. Lá em casa éramos 4 mas ainda hoje tenho que pensar para saber quantos primos tenho ao todo (e não é porque só fale com eles no Natal). Tenho mesmo muitas memórias de mesas cheias e barulhos bons. É provável que os meus filhos não percam a conta aos primos, mas eles têm os avós e os tios por perto e, ainda melhor, têm o privilégio de ter uma "aldeia" a olhar por eles. </p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Eu gosto do conceito de bairro, com todas as coisas que isso tem de bom. Gosto de conhecer a vizinha do lado, gosto de receber os pimentos que lhe sobram da colheita, gosto que os meus filhos sejam crianças "do lugar", gosto de me esquecer de qualquer coisa no café e a senhora saber que é meu. Gosto de ir à aldeia onde os meus pais cresceram e que até a senhora que está a pastar ovelhas (e que eu achava que não me conhecia) pergunta pela minha sobrinha. E outra que não deixa "o senhor dos doces" ir embora, porque sabia que eu estava por lá e queria saber se eu queria comprar doces "porque eu gosto". Gosto tanto desta familiaridade que não ligo muito aos pequenos problemas (como o excesso de "zelo" pela vida alheia ou o excesso de doces que o meu filho acaba por receber). Gosto que o meu filho saiba que tem "um quarto" na casa dos avós, dos tios e que comece a perceber que todos nós fazemos parte da educação dele - e que há regras diferentes nas várias casas. Gosto de todo o caos e toda a partilha dos almoços grandes. Gosto de sentir que vou acompanhar o crescimento dos meus sobrinhos bem de perto, que vou ter espaço deles na minha casa, e quero acreditar que eles vão perguntar por nós da mesma forma e na mesma frequência que o Duarte pergunta pelos tios. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Depois há toda a sanidade dos momento sem filhos. Ter onde os deixar se quiser ter um bocadinho só para mim ou para nós. Deixar a porta aberta para ficarmos com os filhos "dos nossos". Ter lugares onde eles querem sempre ficar. Deixar que só entrem na escola aos 3 anos (e não, não concordo que seja minimamente importante para o crescimento deles ir mais cedo). E tanto mais.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É um privilégio. O privilégio que é crescer com os avós por perto. O privilégio que é quase não ter mesa suficiente para tanta gente. O privilégio que é poder fazer como me parece fazer mais sentido. O privilégio de nunca estar sozinho. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><br /></div>Verahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8987501223940460813.post-90315511239986712152020-07-13T17:04:00.002+01:002020-07-13T17:04:39.067+01:00<div style="text-align: justify;">
Sinto que aquelas semanas do confinamento não foram apenas um monte de coisas más. Em jeito de <i>disclaimer</i>... Claro que não acredito na ideia <span style="font-size: x-small;">(estúpida)</span> de mensagens do Universo para que abrandemos e tenho consciência que este sentimento existe por... sorte. A verdade é que a quarentena chegou comigo de licença, por isso nunca passei pela fase "dois adultos a trabalhar e 2 crianças a chorar". Consegui, de algum forma, "partilhar" o confinamento com a minha família mais chegada e, no final das contas o mais importante: ninguém, até ao momento, ficou doente, perdeu emprego ou teve algum problema evidente como consequência direta disto tudo.</div>
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Adiante, dizia eu que vejo coisas boas. Não só o básico: passamos muitos dias fechados em casa, não nos chateamos (hum, houve um dia em que me passei moderadamente, mas acho que ficar fechada e a ver números e a ler artigos e notícias assustadoras não confere saúde mental a ninguém), não me senti mais stressada ou zangada com os miúdos (fora a depressão de ter ficado sem umas férias que aposto que iam ser espetaculares) e na verdade fizemos coisas mesmo muito porreiras. </div>
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A minha preocupação inicial para "tornar isto tudo o mais normal possível" acabou por nos transmitir a todos uma normalidade boa que eu só confirmo agora, ao ver as fotografias daquelas semanas. Construímos um frasco com boas ideias para fazer em casa, jogamos mais jogos de tabuleiro do que nos últimos 3 anos, pintamos, cozinhamos muito, construimos uma horta na varanda, melhoramos divisões, compramos e lemos muitos livros (infantis), convertemos-nos a fraldas e guardanapos de pano, encomendamos de pequenos produtores, preparamos festas super exclusivas, construimos uma macaca no corredor (e ainda jogamos quando lá passamos), fizemos uma verdadeira praia em casa num dia de chuva, almoços na varanda e muitos piqueniques na sala. Nunca me senti sem ideias, o Duarte percebeu que o lugar dele não estava ameaçado pelo irmão bebé e nós percebemos que não queremos morar a vida toda numa casa sem jardim. Grandes planos e bons. Investigamos mais sobre sustentabilidade, percebi que não tenho saudades de restaurantes (onde íamos muitas vezes), e poupamos mais.<br />
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Esta lista pode ainda ter mais pontos, mas hoje é disto que me lembro. Percebi que quero voltar a escrever por aqui porque me faz bem e porque gosto de me reler. Os dias a 4 fechados em casa já lá vão, e esta nova vida de teletrabalho tem sido cheia de descobertas boas. Mas isso... fica para outra história. </div>
Verahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8987501223940460813.post-25932136418212582352020-06-18T14:55:00.001+01:002020-06-18T14:55:53.427+01:00Os meus filhos nasceram assim<div style="text-align: justify;">
<i>(Encontrei este texto nos rascunhos. Na altura foi escrito para partilhar e depois passou-me. Mostrei-o a uma amiga que me disse "partilha, é bom ler histórias boas". Aqui fica a minha história boa.)</i></div>
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Se me perguntassem há 2 meses se o parto do Duarte tinha sido bom eu responderia que sim, sem duvida. Entrei em trabalho de parto algures durante a tarde. Até aí não tinha tido qualquer sinal de contração ritmada ou outro sinal que o parto estaria para acontecer. As contrações nem sequer eram fortes ou dolorosas (e sendo eu na altura inexperiente na coisa nem sequer as identifiquei logo como contrações!). O “desconforto” foi-se tornando mais frequente ao longo da tarde e por volta das 20h estava com contrações a cada 5 minutos (mais coisa, menos coisa que não estava muito atenta à contagem). Estava sozinha e pedi para a minha irmã vir ter comigo. Uma hora depois a bolsa rebentou e com contrações bastante frequentes há algum tempo (que não passavam em repouso) e uma bolsa rebentada... comecei a sentir que talvez fosse hora de ir (e mesmo que não sentisse... a minha irmã ter-me-ia arrastado para lá!). No entanto o Tó estava em aulas e eu achava que não valia a pena grandes pressas. Arranjei-me e fomos para o hospital. Nestas andanças... dei entrada no hospital já a passar das 22h30. Continuava plenamente convencida que o bebé ainda iria demorar umas horas a nascer mas entretanto tinha avisado o rapaz que íamos para o hospital. Quando fui observada já tinha alguma dilatação (uns 4cm, se bem me lembro) e o CTG acusava as contrações frequentes, que começavam a ser dolorosas. Algum tempo depois o bebé começou a acusar algum sofrimento e fui logo para a sala de parto. A dilatação já tinha aumentado e o parto estava quase a acontecer. Pedi nesta fase epidural (tinha inicialmente recusado) e com a epidural deixei de sentir qualquer dor mas também de ter um papel activo. Chamaram o pai para entrar nesta fase. O Duarte demorou uns 5 minutos a nascer, com direito a episiotomia grande, ajuda da ventosa, a enfermeira deitada em cima de mim e a médica a dar indicações que eu não conseguia cumprir. Eram 23h55 quando ele nasceu. Não me apercebi que tinha sido utilizada a ventosa e... pior, não me apercebi que o bebé tinha nascido. Apercebi-me que ele nasceu porque repentinamente deixei de ter “atenção” da equipa ao meu redura . Não o ouvi logo chorar e não o via mas estavam todos a dizer-me que estava “tudo bem”. Lembro-me de sentir pânico/desespero/medo durante breves segundos que pareceram horas. Ele chorou. Embrulharam-no e entregaram-no ao pai. Vi finalmente o meu bebé, vi que estava bem, que tinha corrido tudo bem. Não me apaixonei por ele ali. Disseram que o tinham que levar novamente. Foi sozinho para outra sala com as enfermeiras para ser vestido, pesado, sei lá. Nasceu o meu bebé, 50cm, 3,050Kgs, um APGAR de 9/10, e a minha cabeça só me dizia “ok, missão cumprida!” Demorei a ficar “pronta”, entre a expulsão da placenta e os séculos que estive a ser cosida. Não tenho a certeza mas tenho ideia que algures nesta fase trouxeram o bebé vestido e voltaram a levá-lo para a sala “de vestir”. Passou mais de uma hora. Só quando eu estava preparada para passar para o recobro é que nos trouxeram o Duarte. Nesta fase a auxiliar insistia que eu comesse primeiro e que só depois o iria buscar. Lembro-me de pedir para o trazerem, de insistir mesmo, Ele veio mas foi entregue ao pai “porque eu tinha que me alimentar”. Lá comi qualquer coisa, lá desapareceu a senhora é ficamos os 3 sozinhos na sala de recobro. Ele mamou só nesta sala. Só nesta altura, depois de toda a confusão passar é que senti que uma pequena explosão de emoção e me apaixonei pelo meu bebé e pela família que estávamos a formar. </div>
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Cerca de uma hora depois vieram levar-me para o quarto. Eram 2h30 e o hospital não permitia que os pais ficassem de noite pelo que fiquei sozinha com o Duarte. Esta separação custou muito (mesmo muito). Eu fiquei dorida numa cama de hospital com um bebé para cuidar, com um boost gigante de hormonas e com toda a vontade de partilhar toda aquela confusão de sentimentos. Passei a noite acordada com o bebé no colo e lembro-me de alguém passar e reclamar que não deveria estar com ele no colo e tanto tempo na mama. O pai só pode voltar às 11h do dia seguinte (só podiam estar das 11h às 20h). Não me podia ajudar durante a noite, não podia ver o banho, não podia vestir, não podia dar colo, excepto naquele intervalo de 9h. O pai era sempre tratado como um visita especial e não como o outro elemento da família em falta. Eu esperava sempre que o Tó chegasse para ir à casa de banho ou tomar banho. Lembro-me de evitar comer e beber para não deixar o bebé sozinho durante a noite. Lembro-me que come exceção na ronda da manhã, ninguém perguntava se precisava de ajuda. Estivemos 3 noites no hospital, as equipas eram pouco simpáticas, havia muito pouco apoio às mães, mas eu não tinha termo de comparação e senti que até correu tudo bem. Na verdade o importante tinha acontecido: eu estava bem, o Duarte estava bem, e também ninguém tinha sido propriamente antipático. <br />
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Com o Miguel a chegar procurei um hospital público que permitisse o pai passar a noite o que para nós na altura do Duarte tinha sido a grande questão. O hospital mais perto com esse requisito era o Pedro Hispano, em Matosinhos. Marquei uma visita, gostei do que ouvi. O hospital envolvia o pai, humanizava o parto e era um hospital amigo do bebé. Ok, hospital escolhido. <br />
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Tal como o irmão, o Miguel não estava a dar grandes sinais que estaria para nascer. Já me diziam que tinha dilatação há mais de um mês, já tinha saído o rolhão há semanas e nada do rapaz se decidir. Já eu andava a desesperar (e com a data da indução a chegar - o que poderia dar outro post...) e a tentar todos os truques e dicas para tentar que o rapaz quisesse conhecer o mundo. No dia em que ele nasceu disseram-me ao almoço que “não devia estar para já porque a barriga ainda parecia muito subida”. Pois... nessa tarde comecei com contrações regulares. Deitei-me para ver se passavam. Não passaram. Continuaram e estavam a ficar bem frequentes. Tinha um jantar combinado num sítio que eu adoro, jantei entre as contrações (e aquela calzone ganhou um lugar ainda mais especial no meu coração e estômago 😂) e quase com a minha mãe a querer pegar-me por uma orelha e levar-me ao hospital. Saímos do restaurante por volta das 21:30. Chegamos a Matosinhos e o enfermeiro da triagem da urgência obstetrícia perguntou-me se eu, enquanto mãe de segunda viagem, achava que estava mesmo em trabalho de parto. Sim, acho mesmo que sim! CTG, contrações muito frequentes, bolsa rebenta enquanto lá estou deitada. Uns minutos depois sou observada pelo GO de serviço. 7cm de dilatação, mas o bebé ainda um bocadinho subido. O enfermeiro pergunta se quero anestesia. Duvido. “Segundo filho e 7cm de dilatação, eu gostava de esperar mas não tem propriamente o tempo a seu favor”. Explico que queria alguma analgesia mas não quero passar a ser espectadora do parto, como no parto do Du. Ele tranquilizou-me “queremos todos que a Vera tenha um papel activo”. Ok, sim por favor! Passamos (agora já com o Tó) para uma das salas de partos (o hospital tem 6 salas individuais). Levei a anestesia (e o Tó teve um pequeno piripaque a ver a agulha). Chegou a enfermeira parteira mais querida da história (ok, e a única que conheço a sério porque o parto do Duarte foi conduzido por uma médica). “Como se sente”? Com vontade de fazer força mas o médico disse que o bebé ainda estava subido! “Sim, mas isso foi quando ele viu, agora ele na está mesmo aqui!”. (Algures neste processo apercebo-me que alguém faz sinal à enfermeira porque a monitorização apresentava algum sofrimento fetal). “Vamos fazer força!”. E eu bem que fiz, que tentei, que toquei na cabeça do bebé (tudo conduzido pela enfermeira) e não conseguia fazer o rapaz nascer. Às tantas a enfermeira pediu desculpa, tinha mesmo que fazer um ligeiro corte para nos ajudar e porque o bebé precisava de nascer. E o Miguel nasceu, às 23h04 (já disse que às 21h20 ainda estava a tomar um café e a comer um brigadeiro?) e veio logo para cima de mim, deitado, ligado a mim, chorou ali e eu apaixonei-me perdidamente por aquele bebé grande, gordinho, por aquele milagre de vida. Cortei o cordão umbilical, ficou ali muito tempo comigo. A placenta saiu, fui cosida com ele ali comigo e pareceu tudo muito rápido. Pesaram-no e mediram-no mesmo ali ao meu lado. 53cm, 37,5 de perímetro cefálico, 4,080kgs de bebé. Apgar 9/10. “Que grande! Parabéns!”. A enfermeira foi sempre tão querida e eu mal me lembro do que me disse, só da sensação incrível que foi. Voltaram a colocá-lo comigo, ele mamou. Deixaram-me comida e bebida “para quando me apetecesse”. Ficamos os três sozinhos. Foi mesmo incrível. Não havia pressas, ninguém ia embora, o Duarte não estava ali mas estava bem. Estávamos óptimos e eu sentia-me uma super mulher. <br />
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Umas horas (?) depois vieram buscar-me. Fui para o quarto. Havia um lanche para mim na cabeceira e eu tinha muita fome. Aliás, lembro-me de ter sempre muito fome e de não perceber como é que no do Duarte não sentia nada disto. O Miguel era um bebé grande e pediriam-me para garantir que comia em intervalos regulares e curtos porque ainda teria mais possibilidade de fazer hipoglicemias. O Miguel não estava muito de acordo, sonolento e mal se apercebendo que tinha nascido era muito difícil de acordar. Mas estava ali o pai, para o acordar, para o despir, para lhe trocar a fralda sempre que foi preciso. Estava ali o pai para me ajudar a levantar ou em tudo o que eu precisei, para o por a arrotar, para ver se estava a pegar bem na mama. Estava a partilhar o papel comigo, como dever e direito de pai. Ficamos novamente três noite, o apoio no internamento foi incrível. Boa disposição, simpatia, cuidado. O Serviço (entre enfermeiros, auxiliares, médicos e vários estagiários que por lá passaram) passa uma sensação felicidade e calma que nos permitiu perpetuar esse nosso estado de espírito. <br />
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Agora à distância percebo que o primeiro parto não foi bom, foi apenas rápido. Teve uma episiotomia enorme provavelmente desnecessária, delegou o meu papel, impediu o apoio do pai e da comunidade, não foi considerada nenhuma escolha minha, não houve empatia, só protocolo e processo. O segundo parto foi exatamente aquilo que eu queria. Calmo, acompanhado, com um papel activo. Eu participei naquele pequeno milagre e foi a melhor sensação do mundo. A paixão por este filho veio muito mais rapidamente (talvez pelo parto, talvez por ser um segundo filho, talvez por tudo), o internamento foi incrível, a recuperação foi muito rápida.<br />
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Não sei haverá um próximo parto, gostava que houvesse e gostava que fosse, no mínimo, igual a este segundo. Se poder ser ainda mais incrível, melhor. :) </div>
Verahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8987501223940460813.post-91774247134026320942019-11-23T00:46:00.000+00:002019-11-23T00:46:13.489+00:00Oscilações<div style="text-align: justify;">
Olá, sou a Vera, estou grávida de 39 semanas e experimento 30 estados de espírito diferentes por dia.</div>
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Abri este rascunho para escrever sobre a minha mistura de sentimento nos últimos dias antes do Miguel nascer e apercebi-me que o último post que escrevi neste blogue, há 4 meses, era sobre exactamente a mesma temática. Pelo menos mantenho a coerência. </div>
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Os últimos meses foram intensos. </div>
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Em Setembro um vírus arruinou o meu sistema imunitário e seguiram-se uma catrefada de pequenos problemas que me deitaram a baixo. No final de Setembro estava fartinha de estar grávida. Entretanto já não conseguia continuar a trabalhar e precisei de parar o que, juntando às (muitas) pequenas maleitas, contribuiu zero para o meu bem estar mental. "Como assim vou estar tantos meses afastada desta minha rotina de trabalho? E o que estarei a adiar? E se as coisas correrem mal? E onde estará o meu lugar quando voltar? E????" </div>
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Depois... fomos até São Miguel, numa viagem marcada muito tempo antes e da qual eu considerei muitas vezes desistir pelo cansaço (e dores) que sentia. Mas os Açores fizeram por mim o que os medicamentos não conseguiram fazer (ok, em parte ajudaram), e voltaram a trazer-me calma, boa disposição e paz com a minha barriga a crescer. </div>
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Voltei, inscrevi-me no pilates pré-parto, nas aulas de preparação para o parto e comecei a organizar as coisas para o bebé e para a festa de anos do Duarte. Pelo meio ia descansando o que precisava. Fui-me afastando progressivamente do escritório e concentrado noutras coisas e noutras pessoas. Brinquei muito mais, organizei algumas coisas cá em casa, fiz bolos para oferecer só porque sim, festejei o Halloween e permiti-me descansar e desfrutar deste bebé. </div>
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Novembro chegou e, ao contrário da maior parte das grávidas de final de tempo que eu conheço eu estava a gostar tanto que só queria continuar grávida. Quando, há precisamente 2 semanas percebi que o rolhão mucoso tinha saído (o que é sinal que haverá um trabalho de parto muito provável nos próximos dias) fiquei genuinamente triste. Ainda queria este bebé só para mim mais um bocadinho, ainda não tinha desfrutado tudo o que queria desta barriga. "Como assim já"? </div>
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Aproveitei estas duas semanas, organizei tudo o que ainda queria organizar. Tirei fotografias, preparei um calendário do advento para fazer com o Duarte, cortei o cabelo pequenino, fiz pão, organizei as últimas coisas para o bebé, adiantei algumas compras de Natal e decoramos a casa de vermelho e luz. Falta-me muito pouca coisa do que achava ser importante na lista de coisas que queria fazer antes do bebé nascer. </div>
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Estou oficialmente à espera que ele nasça. Já sem medos mas sem pressas. Acho que já não tenho dúvidas. "<a href="https://www.youtube.com/watch?v=lwDsFuWgRx4" target="_blank">Podes vir quando quiseres, já fui onde tinha de ir</a>". Sinto que já não falta muito, mas posso esperar os dias que forem necessários desta exclusividade nossa tão boa. </div>
Verahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8987501223940460813.post-65913977089871324532019-08-19T12:27:00.002+01:002019-08-19T12:27:40.347+01:00Bipolaridade<div style="text-align: justify;">
Cheguei às 24 semanas de gravidez e há um misto de sensações gigante. A segunda gravidez é sem sombra de dúvidas mais cansativa que a primeira, sei que preciso parar de trabalhar entretanto para me preparar para o turbilhão que aí virá mas não sei bem como me sinto com esta perspectiva de parar nas próximas semanas. Não tenho a menor dúvida que a minha família é mais importante que o meu trabalho, mas também sei o quanto gosto da minha rotina. Sei perfeitamente o caos que se torna nos primeiros meses de vida do bebé e percebo que com outra criança em casa, manter a sanidade ainda deve ser mais caótico. </div>
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Sei que preciso de descansar o corpo e não me faltam ideias sobre o que fazer no tempo de espera do bebé. Quero descansar, fazer caminhadas pequenas, arranjar espaço para as coisas do bebé, preparar o espaço dele. Quero ter tempo para dar atenção ao Duarte nas últimas semanas de filho único, fazer pão, arranjar as plantas e os armários. Quero voltar a ser uma pessoa com paciência para ouvir parvoíces de outras pessoas. Mas... também quero acompanhar os projectos em que me tanto me envolvi nos últimos meses, (tentar) garantir que corre tudo bem e que pouca coisa falhará. Passo os meus dias entre as sensações de "estou a morrer, preciso mesmo parar" e o "não, não vou parar, na verdade nem quero parar de todo". Estou com um humor bipolar e oscilo entre ideias durante vários momentos do dia.</div>
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<a href="https://media1.giphy.com/media/zw69pUViBZCZW/giphy.gif?cid=790b761174e907dc49e2b858323f46c61f771354c05b7f42&rid=giphy.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://media1.giphy.com/media/zw69pUViBZCZW/giphy.gif?cid=790b761174e907dc49e2b858323f46c61f771354c05b7f42&rid=giphy.gif" /></a></div>
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Entretanto "passamos" a barreira das 24 semanas, a marca da "viabilidade". A contagem parece cada vez mais perto do "fim" e o nervoso miudinho bom aumenta (ou o pânico, conforme a hora, lá está...). Há um bebé a caminho e isso é bom, assustador e cansativo.</div>
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Verahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8987501223940460813.post-28203802343844096982019-06-27T11:25:00.000+01:002019-06-27T11:25:09.389+01:00Coisa de uma segunda gravidez<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Às vezes arrependo-me de não ter escrito mais textos durante a gravidez do Duarte. Aliás, arrependo-me de não escrever no geral, mas isso são outros trinta. </span><br />
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<div style="color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; user-select: auto !important;">
A minha memória diz-me que na gravidez do Duarte me senti sempre muito bem. Não me arrastava, não me custava subir escadas e facilmente saltava com 38 semanas de gravidez. Mas já passaram 4 anos desde "esse tempo" e já nem sei se seria mesmo SEMPRE assim. Lembro-me de ter azia, dormir meia sentada e isso não me parecia ser um problema. Lembro-me de ter dores na perna esquerda porque o rapaz insistia em fazer pressão num nervo qualquer estranho. Lembro-me que mesmo assim me senti bem mas também me lembro de descansar sempre que precisava. </div>
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<div style="color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; user-select: auto !important;">
Agora... agora é tudo um bocadinho diferente. Todos os dias chegamos a casa e há uma rotina a cumprir. É preciso brincar, tomar banho, dar jantar, contar histórias e fazer companhia até adormecer. Depois há quase sempre um intruso pequenino na nossa cama a meio de noite. Não me deito cedo, não alapo no sofá, não tomo banhos grandes e relaxados. Os segundos filhos são forçosamente diferentes dos primeiros, por todas as razões e por esta também. É impossível uma gravidez igual. </div>
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<br style="user-select: auto !important;" /></div>
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Desta vez quero escrever mais. Às 17 semanas eu sinto-me enorme, cansada e pouco ágil. Não me consigo levantar facilmente se estiver deitada de barriga para cima e sem apoios. Decidi voltar ao ginásio (mesmo que em modo slow), o que tem ajudado. Percebi que por agora não vou preparar grande coisa, ainda há muito tempo. Tenho a certeza que tudo se faz e organiza, e se vejo muitas desvantagens na minha forma física nesta segunda gravidez, sinto-me muito mais calma no que está para vir. </div>
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<br style="user-select: auto !important;" /></div>
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O melhor de tudo: o Duarte tem sido um "irmão mais velho" muito querido. Fala algumas vezes no bebé, e relembra sempre que ele existe. Não podemos dizer "nós os 3" que ele corrige para "nós os 4". Na verdade, acho que ele ainda não tem noção do turbilhão que aí vem, mas por agora ele tem sido uma surpresa muito boa. </div>
Verahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8987501223940460813.post-1148823637284280302019-04-10T09:25:00.000+01:002019-04-10T09:25:00.917+01:002019<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Este blog teve um único post em 2018. Não sei bem o que aconteceu para ter desistido deste espaço e desta organização de ideias que as palavras me trazem. Em 2018 o meu trabalho ficou mais interessante, o Duarte entrou na escola, a minha avó morreu. Em 2018 corri 10km, estive em dois dos meus casamentos preferidos de sempre, fiz uma roadtrip muito fixe na Irlanda, dei um salto à Holanda e passei 15 dias longe dos meus rapazes (quase) do outro lado do mundo, nas Filipinas. Em 2018 aproximei-me mais dos meus primos, vi coisas novas e tirei os habituais milhares de fotografias.O Duarte começou a falar e com isso encostou definitivamente para canto as minhas preocupações com o desenvolvimento e os timmings do rapaz. Em 2018 trabalhei muito, li pouco e tentei afastar o telemóvel um bocadinho.</span></div>
<div style="color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; text-align: justify;">
2019. Estamos em Abril, um dos meus meses preferidos. Sempre que olho para as fotografias que tiro percebo que Janeiro e Fevereiro são meses moderadamente deprimentes. Quase sem fotografias, sem passeios, sem dias diferentes. É inconsciente, não sei se a ressaca do Natal, se as doenças dos meses frios ou outra qualquer razão que nos faz tele-transportar para Março. Este ano o Carnaval (do qual eu nem sequer gosto) ficou muito mais interessante. Em Março já aproveitamos os dias mais bonitos e este Abril de Inverno promete ser um mês incrível. </div>
<div style="color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; text-align: justify;">
Em Abril, há uma viagem a 2 para o lado de lá do Atlântico, há mini-férias a 3 para matar as saudades, e há um monte de ideias para pôr em prática. Nos últimos meses temos investido mais na nossa casa, e gosto cada vez mais do nosso pequeno caixotezinho (mas também sonho cada vez mais com uma casa com espaço exterior). Este mês há uma cama para pintar, espelhos para pendurar e uma varanda para arranjar. Semeei com o Duarte algumas sementes e vê-las crescer foi uma sensação incrível (se bem que a maior parte teve depois que ser mudada para um pedaço de terra decente porque não sobrevive nos nossos pequenos vasos!). Mesmo assim, tenho a varanda mais gira do prédio. Experimentei fazer levedura e depois pão, com essa levedura e farinhas moídas em mó de pedra e posso garantir que o sabor deste pão é mil vezes melhor que qualquer pão de compra. Tenho tentado simplificar e comprar menos "tralha" mas continuo a perder-me no aliexpress de vez em quando e não tenho remorsos :). Ando com uma vontade de aprender qualquer coisa nova mas tenho o tempo livre planeado até ao limite. Se calhar... devia só parar para não pensar em nada.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; text-align: justify;">
Estamos em Abril, o Inverno acabou e eu aposto que 2019 vai ser um ano muito bom. </div>
Verahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8987501223940460813.post-40724419270604390992018-09-05T11:05:00.000+01:002018-09-17T11:06:24.266+01:00O primeiro dia de escola. <span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Querido Duarte, meu amor pequenino, GIGANTE. </span><br />
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
Hoje foi o teu primeiro dia de escola. Pensei muito esta semana se estaríamos efectivamente a fazer o melhor para ti, para todos nós.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
Decidimos, quando nasceste, que irias ficar com as avós enquanto nos parecesse que isso era o melhor para ti. Há uns tempos começou-nos a parecer que talvez estivesse a chegar o momento. Precisas claramente de outros meninos e de brincadeiras de grupo. Precisas, parece-nos, de algumas regras que o amor infinito dos avós não deixa aplicar. Continuamos a querer que tenhas todo o mimo do mundo, mas vemos o menino que te tornaste e achamos que precisas mais. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
Hoje chegaste, exploraste o espaço e ignoraste todos os humanos à volta. Viemos trabalhar e deixamos que ficasses com a avó na sala, a avó saiu um bocadinho. Quando voltou, estavas bem. Quando voltou, disseste que querias voltar amanhã. Não sei como será quando passar a novidade. Tenho medo que chores depois. Por agora... vamos devagarinho. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
Perguntaram-me como é que eu tinha ficado. Fiquei de coração pequenino mas sempre a sorrir. Um dia vais perceber como é difícil e igualmente maravilhoso ver um filho crescer. E é ainda mais estranho ver-nos a crescer através dos outros. Mas bom. Mesmo muito bom. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
Amo-te. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
Mãe</div>
Verahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8987501223940460813.post-23704976181425754482017-12-18T17:32:00.000+00:002017-12-18T17:32:11.837+00:00O Espirito do Natal e o que quero fazer lá por casa. O
Natal para mim foi e é mágico. Tão mágico que não consigo explicar. O
Natal é fazer a árvore de Natal, é a preparação das festas, é a
casa cheia de gente, a aletria quente, a casa dos meus pais cheia de
decorações horrorosamente amorosas, as músicas, as ruas, o cheiro, o
ambiente e sim, também são os presentes. <br /><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lembro-me
de um Natal em que recebi o Nenuco que tanto pedi. Devia ter uns
quatro anos e é uma das minhas memórias mais antigas. É o único Nenuco
que tive, foi um presente pedido e sonhado meses a fio. Na altura, sem
internet ou excesso de informação, chegou a casa dos meus avós um pai
Natal vestido de pijama cor-de-rosa, óculos de sol e uma barba de
algodão. Perguntaram-me se o conhecia! Claro que conhecia... Era o Pai
Natal! Deixou presentes para toda a família e uma caixa grande para
mim. Lembro-me de andar a entregar apressadamente as caixas a toda a
família, até que chegou a minha vez e as fotografias guardam muito bem
a minha felicidade. Sei ainda hoje as cores, as roupas e tudo o que veio
com aquele boneco. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um
ou dois anos depois pedi uma bicicleta no Natal. Nessa altura lá em
casa só havia uma televisão pequenina a preto e branco, com sintonia
manual. Os meus pais queriam comprar uma televisão nova "com comando e a
cores", e eu também queria uma televisão. O meu pai disse-me "só
podemos comprar uma das coisas, a bicicleta ou a televisão, tens que
escolher"!. Recordo-me de perceber que a minha mãe não concordava muito com a imposição
do dilema e lembro-me perfeitamente de estar fora daquele contexto a
pensar no assunto, afinal... eu queria muito uma bicicleta com rodinhas e
queria muito ver bonecos coloridos! No fim... optei pela televisão
porque "assim era uma prenda para todos". Devo ter dado a resposta
certa, porque nesse Natal, houve televisão nova lá em casa e bicicleta
com rodinhas e um cestinho. Não me lembro como foi quando percebi que
iria receber a bicicleta...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois...
chegou a descoberta de que o pai Natal não existe. "Pai, o Sr. José
disse que o pai Natal não existe, mas é mentira não é?"... "É
verdade. O Pai Natal não existe! É o padrinho que se veste de Pai
Natal!". Lembro-me que fiquei triste. Não sei se por ser cedo de mais,
se por querer mesmo continuar a acreditar. Mas nunca foi uma tristeza do
estilo "sinto-me enganada!" foi só um botãozinho qualquer do "oh,
afinal não existe esta figura tão gira!". Desde aí, sempre tentei
promover o segredo do Pai Natal e mantê-lo vivo dentro do possível.<br />
<br />
Problema...
com a evolução do tempo o Pai Natal inevitavelmente acabou por se
tornar num monte de presentes. Parece-me ter deixado de ser o senhor
querido e mágico para ser o tipo meio assustador, com um fato duvidoso,
em quem tropeçamos a cada esquina (literalmente). Mais do que isso,
vivemos num absurdo excesso de coisas que nos tira a expectativa e a
preciosidade de cada. Adeus Magia... Claramente não é o Natal que tenho
tido (e que sobre o qual nunca tinha pensado muito...) que eu quero para
o Duarte e nos últimos tempos parei para pensar nesta nossa definição
do Natal. Juntei uma série de coisas boas (tradições!?) que quero ter e
manter/criar lá por casa.<br />
<br />
<b>Decoração</b> - O Natal começa com a
Preparação da Casa. Fazer a árvore e preparar tudo em família. Bónus se
houver músicas de Natal e chapéus de rena.<br />
<br />
<b>O Advento</b> -
Preparar um calendário do advento com tarefas (Fazer biscoitos, ver
filmes de Natal, ligar a alguém, ver as decorações de Natal da rua,
carta ao Pai Natal, bolachas de gengibre, ir a uma missa...). Este ano
ainda não faz sentido a rigidez do calendário, mas para o ano quero
adicionar. Gostava de fazer <a href="https://drive.google.com/file/d/15LHN6bbf2JAuchNNhpafE_nIAl3y6Wa2/view" target="_blank">como a Maria</a> e incluir na abertura da tarefa
do dia um momento de família: pensar no melhor desse dia, falar dele e
só depois abrir a surpresa do advento.<br />
<br />
<b>Pai Natal </b>- O senhor de vermelho não é a figura central do Natal nem pode ser. O Natal é a
celebração do nascimento de Jesus e, sobretudo, a festa da família. Por isso o Pai
Natal vai oferecer UM presente. O presente que vai aparecer na árvore na
manhã de 25. Se o Pai Natal aparecer noutras situações vai só estar lá
para nos ajudar a distribuir... o senhor parece ter tempo livre e vários
sósias. Deixaremos leite e bolinhos para beber quando lá for a casa. :)<br />
<br />
<b>Presentes</b>
- Eu gosto MUITO de dar e receber presentes. Por isso isto vai
continuar. Roupa, Livros, Brinquedos. Sim, na medida em que são bons e
precisos. Vou tentar oferecer também experiências, coisas especiais e
envolver todos nesses momentos. Não vou embrulhar o que compro para mim.
Não faz sentido e só acrescenta caos. Quero envolver todos na escolha
do presente certo. O Duarte poderá abrir os presentes que as pessoas lhe
dão quando as receber porque, expecto a prenda do Pai Natal, todos
serão oferecidos pelas pessoas.<br />
<br />
<b>Postais</b> - Enviar postais de
Natal. Infelizmente (e com a greve dos correios nos próximos dias). Este
Natal não enviarei a maior parte deles por CTT mas quero recuperar isto
no próximo ano. E já agora arranjar um local onde comprar postais giros
que não custem um balúrdio.<br />
<br />
<b>Ajudar</b> - Pela primeira na vida
organizei uma campanha solidária. E se é verdade que não é só no Natal
que as instituições precisam de ajuda, não tenho a menor dúvida que é no
Natal que aquelas crianças precisam "de mais qualquer coisa".
Conseguimos oferecer presentes a 11 meninos, uma mala cheia de alimentos
e uma pequena quantia em dinheiro. E tenho a certeza absoluta que
fizemos a diferença para aqueles miúdos este Natal.<br />
<br />
<b>Histórias</b>
- Ler histórias de Natal. Ver e rever filmes de Natal. Criar toda a
expectativa do dia. Adaptados à idade. No passado fim de semana vimos
episódios do Pocoyo de Natal e decoramos envelopes com carimbos. :)<br />
<br />
<b>Mesa
Cheia</b> - Estão cá os nossos emigrantes, e se há coisa que eu gosto é de
estar numa mesa cheia de gente! :) Com bacalhau, rabanadas douradas ou
pão com manteiga :) há tempo para pequenos-almoços, almoços e jantares
de Natal, que o que importa é estarmos com todos.<br />
<br />
<b>O dia 26 </b>- O
dia 24 e o 25 são a loucura. Entre preparativos, visitas de última hora
e "estar" com todas as pessoas, estes dias são uma correria boa. Quero
começar a tirar o dia 26 de férias, para ficar por casa, descansar do
caos e aproveitar os brinquedos. <br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
E o mais importante... aproveitar cada bocadinho de uma das alturas mais bonitas do ano. </div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<i>Feliz Natal! </i></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
</div>
Verahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8987501223940460813.post-73048732531980901802017-11-20T17:20:00.001+00:002017-11-30T16:49:25.977+00:00Dois anos de ti<div style="text-align: justify;">
Querido Duarte, <br />
<br />
Meu pequeno
rapazinho! Há dois anos que cá estás. Uau! Dois anos em que te
acompanhamos, em que aprendemos a ouvir-nos e a ouvir-te, em que
continuamente nos deliciamos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Estás todos os dias
menos bebé, mais rapaz. Tens vontades, ideias e gostos. O tempo voa,
como o cliché dita, mas não há como fugir dele. És sorridente, traquina,
feliz. Deliras com animais, com motores e rodas, com botões e coisas
eletrónicas, com "a rua" e com bolas! Começas a aprender a lidar com os
impulsos e a frustração e o desafio destas lições é para todos nós. Eras
um comilão adorável e agora decidiste que não queres sopa e que não
gostas de algumas coisas. Estás muito mais desconfiado com a comida mas a
fruta continua a ser uma verdadeira paixão. Deixaste de gostar de
piscinas onde não sintas o chão. Bates palmas sempre que estás feliz e
danças de uma maneira tonta que
derrete toda a gente. Depois de te ambientares és extraordinariamente
simpático. Adoras dormir com companhia e acabas sempre a saltar cedinho
para a nossa cama.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não falas. Não falas mas expressas-te
lindamente. Mesmo assim, o facto de isto estar "atrasado" deixa-me
doida, confesso. Às vezes preciso de parar, olhar para ti, e ouvir o meu
instinto dizer-me que estás bem, que estás a aprender coisas novas
todos os dias e que daqui a nada desbloqueias a fala. Estou mortinha
para poder "reclamar" de tanto que dizes. O pai continua a dizer que
estás ótimo. <br />
<br />
Este Outubro, fomos passear os três. Andaste de
avião e portas-te lindamente. Fizemos uma espécie de <i>road trip</i> e
adoraste. És um grande companheiro e foi muito bom termos finalmente as
nossas férias merecidas. Prometo que tentaremos repetir todos os anos.
Prometo mostrar-te coisas novas e bonitas. Prometo continuar a ser uma
mãe ranhosa que luta sempre para te passar um <i>tablet</i> ou um telemóvel
para a mão. Aposto que um dia me vais compreender. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Tens
tudo de meigo e traquina. Tens um ar de rapazinho muito feliz. És tão
querido, tão bonito e tão nosso que paro (paramos) muitas vezes a
contemplar-te. Morremos de saudades quando estamos longe e acabamos por
falar em ti nessas ausências. Somos uns pais chatos, babados e
orgulhosos. Que o tempo voe, seja bem vivido e a nostalgia por todos os
momentos bons continue. </div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
Amo-te.</div>
<div style="text-align: right;">
Mãe</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMIGd7GgEWUcjNZZ0RgsdC63Dt454h17iCd7-zmqppvRmh1fFHkVVoTzZikHkdyAmdCASySPXFy7SF3m8pjknb7qqtVXxhqk8Eih-_NDRg3lNC19pGicQRUQshasd_95Nyk7zvEiBfTxTF/s1600/Anos+Duarte%252C+15.10.17-138.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMIGd7GgEWUcjNZZ0RgsdC63Dt454h17iCd7-zmqppvRmh1fFHkVVoTzZikHkdyAmdCASySPXFy7SF3m8pjknb7qqtVXxhqk8Eih-_NDRg3lNC19pGicQRUQshasd_95Nyk7zvEiBfTxTF/s640/Anos+Duarte%252C+15.10.17-138.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Bolo número 4 de aniversário do Duarte. Sim, é um bolo feio do qual eu muito me orgulho! :)</span> </div>
Verahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8987501223940460813.post-21962692790108416772017-11-15T12:04:00.001+00:002017-11-16T16:26:46.668+00:007 coisas sobre viajar com bebés de avião<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilewgvCAchkp91SzC3alVOMqct1342aV96JXLtUXubT_eiJKm1KsPYnGbGlqgIBgo4xy7_hsPxAoW6chyphenhyphena_5a8ZMpc_XwnOpHPq1V6XT8G1XfRSeLhMYB8dx6jwfdC9O3pd_eKQHFh8x2J/s1600/B%25C3%25A9lgica-253.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilewgvCAchkp91SzC3alVOMqct1342aV96JXLtUXubT_eiJKm1KsPYnGbGlqgIBgo4xy7_hsPxAoW6chyphenhyphena_5a8ZMpc_XwnOpHPq1V6XT8G1XfRSeLhMYB8dx6jwfdC9O3pd_eKQHFh8x2J/s400/B%25C3%25A9lgica-253.jpg" width="400" /></a></div>
<span id="goog_146810553"></span><span id="goog_146810554"></span><br />
<div>
<div>
<div>
<div>
<div>
<div>
<div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
No
início do mês fomos passar uns dias à Bélgica. Uma espécie de
mini-férias e o aproveitar dos últimos dias do Duarte com menos de 2
anos (e consequentemente com um preço de viagem mais simpático). Correu
tudo muito bem. Sei que o Duarte nunca se irá lembrar destes dias, mas
nós vamos e acredito que há sempre um bichinho que fica destas
experiências boas. Descobri uma série de coisas sobre viajar com bebé que... podem dar jeito. :) </div>
<ul style="text-align: justify;">
<li> <b>Custo</b>: o bebé viaja no colo (até aos 24 meses) e consequentemente não
paga bilhete. As companhias podem comprar uma taxa (a Ryanair cobra 20€
por viagem) mas o preço é sempre baixo.</li>
<li><b>Documentação</b>: o normal... Cartão de Cidadão (viagem na UE) e Cartão de Embarque. Isto porque viajou com os pais. Não sei como funcionaria em caso de ir com outras pessoas ou apenas com um de nós. </li>
<li><b>Bagagem</b>: É possível transportar até dois módulos grandes (carrinho,
cadeira do carro, cadeira da papa...) sem qualquer custo extra. Na
Ryanair podemos ainda levar uma bagagem de 5kgs para o bebé, mas não
percebi se é regra ou política da companhia. Os itens grandes viajam como
bagagem de porão (para o qual deve ser feito check-in no balcão) mas o
carro só é entregue na porta do avião. À saída do avião, o carro está "à espera". Esta vantagem não é exclusiva de crianças até aos dois anos, mas não sei qual a idade limite.</li>
</ul>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAL-0tk3UqG97ARbnt6Jk-sMet2ng2CnJmZeIwj7gwoYXa71UnoNVFPkB13s9n_9Aqv_0bvD9Wmp_sh-Ya-lRojh9ggYlXUmtJBfnx5hyphenhyphenXWxwiTWGgIVuk0XM2cb7fkENQEuRk1S80VH-7/s1600/B%25C3%25A9lgica-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAL-0tk3UqG97ARbnt6Jk-sMet2ng2CnJmZeIwj7gwoYXa71UnoNVFPkB13s9n_9Aqv_0bvD9Wmp_sh-Ya-lRojh9ggYlXUmtJBfnx5hyphenhyphenXWxwiTWGgIVuk0XM2cb7fkENQEuRk1S80VH-7/s400/B%25C3%25A9lgica-1.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">O que levamos connosco numa viagem de 5 dias no inverno: duas mochilas (é ótimo ter as mãos livres!), casacos, o carrinho bengala, e uma mala pequena com as coisas dele para a viagem (a tal até 5Kgs). Tinha a comida, fraldas, água e toda uma panóplia de brinquedos e livros. </span></div>
<ul style="text-align: justify;">
<li><b>Mobilidade</b>: Se o Duarte fosse mais pequenino não exitava
em levar a mochila ergonómica. Como com 90cm e 14Kgs de gente o
transporte agarradinho a mi<span style="font-size: small;">m</span> já não é assim tão simples, optamos por
levar o carrinho. Decidimos comprar um carrinho bengala para esta
viagem, como iria no porão e seria potencialmente mal tratado não quis
arriscar em enviar o carrinho do trio. Foi uma boa opção e vai passar a
ser o carro "trator". :) </li>
<li><b>Alimentação e Líquidos</b>: É
possível entrar com líquidos para o bebé (papas, boiões, leite, água,
iogurtes...) sem restrições de capacidade da embalagem. Não li sobre a
quantidade total máxima mas acredito que reine o bom senso... Não é
suposto levar comida para TODOS os dias de estadia fora!! Pelo que o
segurança do Aeroporto do Porto me explicou, este é um benefício dado
para viagens com crianças até aos 8 anos. Não encontrei esta informação
escrita.</li>
<li><b>Embarque</b>: Aqui foi a parte "complicada". Na viagem
do Porto para Bruxelas, o Duarte adormeceu no carrinho enquanto
esperávamos que as portas abrissem. Mesmo assim, a hospedeira de bordo,
incrivelmente querida, avisou-nos que teríamos prioridade no embarque se
o pretendêssemos ou, caso não quiséssemos esperar ao frio com ele, nos
avisava para irmos só no final. No regresso... com o Duarte aborrecido,
depois de muito tempo na fila para a porta de embarque abrir, decidi
perguntar se tínhamos prioridade no embarque, uma vez que simplificaria
muito poder senta-lo e ir brincando com ele enquanto aguardávamos já no
lugar. A resposta que obtive da companhia foi "pagou pela prioridade?
não pagou, não tem". Assim, fico sem perceber se a prioridade que
tivemos no Porto foi por questões legais ou por puro bom senso. Não é
política da Ryanair. A Easyjet, por exemplo, anuncia que dá prioridade a
famílias com bebés (depois da prioridade das pessoas que pagaram por
ela, o que me parece justo)</li>
<li><b>Desconforto na viagem</b>: Estávamos
com algum receio. Pressão nas orelhas, muito tempo sentado, trocar
fraldas, adormecer o rapaz, convencê-lo a estar com cinto... Humpf! Foi
muito mais simples do que podíamos prever. Na viagem de ida, adormeceu ainda antes de
embarcarmos, e só acordou a meio da viagem. Foi fácil entretê-lo com o
lanche, jogos e livros que levamos. Quando começou a ficar aborrecido (e
a tentar brincar com o cabelo da senhora da frente...) fomos dar uma voltinha no
corredor. Troquei a fralda na casa de banho do avião e foi um bocadinho
acrobático. O Duarte já é gigante para aquele espaço e estava deliciado a
tirar toalhitas das mãos. Assim... enquanto o convencia a estar parado,
apoiava o cotovelo na saída das toalhitas para impedir a brincadeira e
o segurava para tocar o mínimo no wc (esqueci-me de levar base para
trocar...), ainda trocava a fralda. Yeah, mãe-acrobata! Depois do
passeio, voltamos para o lugar, o rapaz estava fascinado com a
aterragem. No regresso, foi ainda mais simples. Vimos o avião levantar e
depois... adormecemos os 3. Nesta fase valeu-me a mama para tornar tudo
ainda mais simples. Dormiu durante toda a viagem. A mama era também o
meu plano para potenciais problemas nos ouvidos durante o voo e por isso levei
roupa que simplificava a amamentação (o lugar da pessoa com o bebé é, na
Ryanair, forçosamente à janela, o que simplifica também este momento).</li>
</ul>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
De uma forma geral foi mais simples e muito melhor do que a minha perspetiva mais optimista. Venham as próximas :) </div>
<div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<div>
<div>
<div>
<br /></div>
</div>
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</div>
</div>
</div>
Verahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8987501223940460813.post-10040995085862578802017-10-26T15:36:00.002+01:002017-10-26T15:37:40.272+01:00Cheguei.<div style="text-align: justify;">
<div>
Cheguei das férias. Um Outubro cheio, um
coração já repleto de saudades dos momentos bons, e uma cabeça
finalmente pronta para trabalhar em cheio. Chego, quase em Novembro, com
um sem fim de ideias a nascer, com uma vontade enorme de arregaçar as
mangas, com energia de recomeço.<br />
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Outubro foi o mês do
aniversário do Duarte, o mês da primeira viagem de avião dele, o tempo
para ouvir o silêncio e a calma no Alentejo. Outubro foi o mês da
entrega do projeto de estagio do Tó, o mês do tempo para nós, o mês de
que tanto precisávamos.<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
Há vários coisa sobre as quais
me apetece escrever. Viajar com crianças, uma carta para o Duarte de
dois anos. A minha vontade de voltar a estudar. e podia continuar.
Venham o tempo, que as ideias e força já cá estão. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Verahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8987501223940460813.post-65628649133419779772017-09-29T16:29:00.003+01:002017-09-29T16:29:48.371+01:00Preciso de férias.<div>
Há mais de um ano que não tenho uma semana de férias. Achei que não
precisava, que não fazia mal, que podia perfeitamente aguentar-me com
uns dias aqui e acolá e que podia esperar calmamente pela entregue da
tese do Tó para depois calmamente tirar férias.<br />
<br />
Sim, enganei-me.<br />
<br />
Há quase dois anos que não durmo uma noite seguida. A altura é péssima para férias no trabalho agora que, todos
frescos das férias, estão cheeeeiiionhos de ideias e coisas para fazer.
E... se calhar isto é que significa chegar à casa dos 30. Na verdade
estou a dar o tilt.<br />
<br />
A minha cabeça está pelas ruas da amargura. Eu, que me lembro
sempre de tudo, esqueço-me de coisas que fiz de manhã. O meu querido
raciocínio rápido, parece uma tartaruga doente. Por vezes preciso que
voltem a repetir coisas porque nem sinto consigo processar o que me
dizem. E o multitasking já está em coma há meses. Faço muito mais
asneiras por distração do que as que me estão inscritas no ADN. Ou então
faço todas as que lá estão porque não as consigo contrariar. E têm sido
bastantes. Estou mais irritada, mais ofendida. Irrito-me porque quando
cheguei a um espaço público onde já estavam 5 pessoas e disse
"Bom dia!", ninguém respondeu. Irrito-me porque há gente alucinada que
imagina os transportes públicos portugueses como aquilo que viu num
filme indiano e decidir expor ideias estúpidas. Irrito-me porque as
autárquicas parecem um circo e nem sei em quem votar no Domingo.
Irrita-me ouvir pessoas a dizer "eu não vou votar, também ninguém vota
em mim" (a sério?). Irrito-me porque demoro 3h a fazer o que normalmente
faria em 1h e os dias não podem ser desaproveitados assim. Irrito-me
porque não tenho vontade de ir ao ginásio. Irrito-me porque o meu corpo
me pede para ir ao ginásio e eu não ouço. Irrito-me porque só quero
comer porcarias. Irrito-me por estar irritada e porque eu não sou assim.<br /></div>
Esta
post não serve absoultamente para nada a não ser para me lembrar a mim
mesma que... preciso de parar e que nunca mais poderei ter esta
brilhante ideia de achar que não preciso de férias. Preciso.
De-ses-pe-ra-da-men-te. Preciso de uma semana sem pensar em nada.
Preciso mesmo. E espero que ela esteja a chegar. Verahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8987501223940460813.post-49465289323395748222017-09-05T14:50:00.001+01:002017-09-05T14:50:19.812+01:00Ainda da sustentabilidade<div style="text-align: justify;">
<div>
Penso muitas vezes no legado que estamos a deixar aos nossos filhos.
Não sei se por causa do Duarte ter nascido ou uma consequência natural<a href="http://demeledesal.blogspot.pt/2017/08/estao-esgotados-os-recursos-naturais-do.html)" target="_blank"> do que acontece</a>. Assusta-me a enormidade de espécies extintas ou criticamente em perigo, o
número crescente de problemas de saúde associados ao nosso estilo de vida,
o clima estranho que estamos a ajudar a provocar. <br />
<br />
A verdade é
que, passando da teoria à prática, nem sempre consigo integrar rotinas
sustentáveis no caos do dia-a-dia. <a href="http://www.footprintcalculator.org/" target="_blank">Aparentemente, dado o meu estilo de vida, a partir do dia 26 de Abril já estou a usar créditos de planeta</a>. Se
toda a gente vivesse como eu/nós... seriam necessários 3 planetas! <br />
</div>
<div>
Estive a pensar no que estamos a fazer bem e onde há espaço para melhorar. </div>
Lá
por casa as compras estão a tornar-se mais conscientes. Dentro do
razoável, temos tentado comprar com qualidade, o que é substituído, se
estiver em condições é sempre reaproveitado (guardado, dado, vendido,
emprestado, arranjado...). A casa tem um bom isolamento e tenho reparado
que quase metade da nossa energia vem de fontes renováveis (está
descrito na fatura, zero mérito nosso). Tenho tentado estar
atenta à origem dos produtos e temos comprado menos. Tenho feito
iogurtes em casa, evitado comprar pacotes de bolachas que vêm com mini
pacotinhos e até feito pão em casa. Voltamos aos transportes públicos do
dia-a-dia e sempre que possível andamos a pé. </div>
<div style="text-align: justify;">
Há obviamente
coisas que não faz sentido mudar. Não posso deixar de usar o carro
alguns km por dia, não quero deixar de comprar livros ou deixar de
tornar a minha
casa mais bonita (mesmo que isso implique mais coisas). Não vou deixar
de comprar t-shirts baratas de origem duvidosa para o meu filho que suja
roupa a velocidades super-sónicas. Há muito mais para fazer... Assim de
repente, lembro-me de 4! <br />
<ul>
<li>Temos sido incrivelmente preguiçosos com
a reciclagem. Fazemos alguma reciclagem, mas os recipientes para
reciclar estão pouco "à mão". Não faz sentido, é preciso arranjar uma
forma de simplificar o processo.</li>
<li>Tenho a sorte de ter uma mãe (e
não só) que tem fruta, legumes, carne, ovos de produção própria. Muitas
vezes, por pura desorganização compro produtos frescos embalados em vez
de usar os da casa. </li>
<li>Lá em casa além de um frigorífico
combinado temos uma arca-congeladora. O problema é que a arca está nos
arrumos e fruto de muitos meses de horários alucinados, é frequente não
nos lembrarmos de usar as coisas que lá temos (ao ponto de estragar
comida). Temos que arranjar forma de ter o conteúdo congelado mais "à
mão". </li>
<li>Com as eleições à porta seria interessante
espreitar se a sustentabilidade nas cidades faz parte de algum dos
planos eleitorais. Se bem que nem tenha muito bem a noção do que há a
melhorar a um custo "praticável" para as minhas bandas gostava de
perceber...</li>
</ul>
É só uma agulha pequenina. Mas é preciso começar. :) </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Verahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8987501223940460813.post-50076681229639742562017-08-23T18:27:00.001+01:002017-08-23T18:27:29.804+01:00Da conversa do créditos ou... é só fazer as contas.<div style="text-align: justify;">
<div>
<div>
<div>
<div>
<div>
<div>
<div>
<div>
<div>
<div>
Estou
a ser atendida nos correios. Enquanto espero por ser atendida, pego num
panfleto sobre Certificados do Tesouro. A funcionária (eficiente e
delicadamente) pergunta se quero mais informação sobre os certificados e
se quero fazer uma simulação com as atuais taxas de juro. Enquanto mexo
na carteira à procura do cartão do cidadão, deixo em cima do balcão o
meu cartão de débito da conta CTT. A funcionário do lado decide intervir:</div>
<div>
<br /></div>
</div>
<b>Funcionária Que Não Tinha Nada A Ver Com O Assunto:</b> Ah! É cliente do nosso banco!</div>
<b>Eu:</b> Sim, sou.</div>
<b>FQNTNAVCOA</b>:
Ah! Então tenho aqui a <i>oportunidade perfeita</i> para si! <i>Devia aproveitar </i>
esta nossa promoção para comprar um telemóvel. </div>
<div>
<i><Enquanto isto, passa-me um
panfleto com um telemóvel em promoção> </i></div>
<b>Eu:</b> Obrigada, já tenho telemóvel<br /><b>FQNTNAVCOA</b>:
Ah! Mas pode ser para um familiar! <br /><i><A sério que a senhora disse isto? Olho para o raio do papel. O telemóvel tinha um preço teórico de 350€ e um novo preço
assinalado de 300€. O panfleto destacava mensalidades de 30€. ></i></div>
<b>Eu:</b> Obrigada, não compro telemóveis a crédito<br /><b>FQNTNAVCOA</b>: Ah! Mas não paga juros nenhuns!</div>
<b>Eu:</b> A sério que não? E comissões de entrada? <br /><b>FQNTNAVCOA</b>: São só 12€ extra no primeiro mês!</div>
<i><Neste
momento passou-me tanta coisa pela cabeça... Vários implicavam um
sermão à senhora que não tem culpa, eu sei. Nenhum deles... iria mudar nada daquela palhaçada></i></div>
<b>Eu</b>: Não compro telemóveis a crédito. Não estou interessada. <br /><b>FQNTNAVCOA</b>: Pronto, desculpe interromper, mas como vi que era nossa cliente podia querer aproveitar a oportunidade... <br /></div>
Saí
dali a pensar no assunto. Surpreende-me que esta conversa ainda
funcione com alguém. Não consigo conceber sequer a ideia de comprar a
crédito alguma coisa que não seja uma casa ou um carro. Quanto mais um
telemóvel. Pior. Uma coisa pela qual provavelmente a pessoa não
precisava e custava "só" 300€. E pela qual não pesquisou, não comparou
preços, não viu o mercado. A sério que isto funciona? </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Que ninguém se esqueça: os bancos não dão nada a
ninguém. Os 12€ de abertura de conta significam juros de 4% pagos a
10meses. Desafio quem no momento me conseguir uma conta poupança com
esta taxa de retorno. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mais... se fizermos um bocadinho melhor as contas...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nenhum banco nos dá os juros no primeiro mês (as comissões de abertura acontecem sempre à entrada). Teremos que ter o nosso dinheiro parado durante algum tempo para vermos esse retorno. Supondo que o juro é pago anualmente, e que ao final de um ano queríamos ir buscar 12€ ao depositar 300€. O imposto sobre os juros, logo à partida é de 28%. Ou seja... para ganharmos 12€ ao final de um ano, teríamos que ter juro que pagassem ao final de um ano 16.67€, o que significa uma taxa de juro de cerca de 5.56%. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Atualmente os Certificados do Tesouro dos CTT pagam 1.25% ao final do primeiro ano. Contas feitas... teríamos que depositar 1333.6€ para, ao final do ano, o banco nos pagasse 12€ líquidos por lhe termos emprestado esse dinheiro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há mesmo quem ache que existem compras "sem juros"? </div>
Verahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8987501223940460813.post-56498192203619512152017-08-17T12:02:00.002+01:002017-08-17T12:02:42.554+01:00Escrever para não esquecer<div class="m_-8036617432499244215p1" style="text-align: justify;">
<span class="m_-8036617432499244215s1"><br /></span></div>
<div class="m_-8036617432499244215p2" style="text-align: justify;">
<span class="m_-8036617432499244215s1"></span><span class="m_-8036617432499244215s1">Quando
nos deitávamos, de janelas abertas para refrescar, ouvíamos os grilos a
cantar. De manhã acordava sempre a ouvir os galos a dar os bons dias. O
Duarte adormeceu sempre bem, dormiu sempre bem, acordou sempre com um
sorriso. "Apesar" de todos os barulhos.</span>
</div>
<div class="m_-8036617432499244215p2" style="text-align: justify;">
<span class="m_-8036617432499244215s1"></span><br /></div>
<div class="m_-8036617432499244215p1" style="text-align: justify;">
<span class="m_-8036617432499244215s1">Nos
primeiros dias fizemos sestas a três. Nem sabíamos a falta que nos
fazia dormir sem horas e relógios. Ao terceiro dia, o descanso já era
tanto que acordei com vontade de ir correr enquanto o resto da casa
ainda acordava. Fui. Consegui correr 5Km em estrada, pela primeira vez. E ainda lhes juntei uns 3 na caminhada no regresso.<span class="m_-8036617432499244215Apple-converted-space"> </span></span></div>
<div class="m_-8036617432499244215p2" style="text-align: justify;">
<span class="m_-8036617432499244215s1"></span><br /></div>
<div class="m_-8036617432499244215p1" style="text-align: justify;">
<span class="m_-8036617432499244215s1">Acabei
de ler 4 livros. Não romances, livros práticos. É verdade que são
fáceis e rápidos de ler, mas não deixam de requerer tempo.<span class="m_-8036617432499244215Apple-converted-space"> </span></span></div>
<div class="m_-8036617432499244215p2" style="text-align: justify;">
<span class="m_-8036617432499244215s1"></span><br /></div>
<div class="m_-8036617432499244215p1" style="text-align: justify;">
<span class="m_-8036617432499244215s1">Apanhamos
amoras, peras e figos. O Duarte encontrou um sapo, um gafanhoto, e um
escaravelho. Delirou com os tratores. Viu alguns desenhos, mas passou a
maior parte do tempo longe deles.<span class="m_-8036617432499244215Apple-converted-space"> </span></span></div>
<div class="m_-8036617432499244215p2" style="text-align: justify;">
<span class="m_-8036617432499244215s1"></span><br /></div>
<div class="m_-8036617432499244215p1" style="text-align: justify;">
<span class="m_-8036617432499244215s1">Ia
mentalizada para durante quatro dias baixar a guarda e ceder quanto às
regras da alimentação. Afinal os avós não conseguem ver o rapaz chorar e
ele já sabe aproveitar esse luxo. Não foi preciso muito. Dando-lhe
espaço para explorar não há nada que o deixe triste (só deixa os
adultos estafados!). Andou muitas vezes molhado, meio nu, quase sempre
sujo. Tomou banhos infinitos para logo a seguir se voltar a sujar.
Esteve sempre tão feliz. Cedi algumas vezes quanto aos doces. Deixei que
lhe oferecessem croissant, bolo e gelado. Numa das vezes abriu o
croissant e retirou o queijo. Noutra negou bolo e gelado a favor da
melancia. Gostou muito do gelado que era à base de iogurte e fruta
(mesmo que carregadinho de outras porcarias extra). Acredito que
estamos a fazer um bom trabalho.<span class="m_-8036617432499244215Apple-converted-space"> </span></span></div>
<div class="m_-8036617432499244215p2" style="text-align: justify;">
<span class="m_-8036617432499244215s1"></span><br /></div>
<div class="m_-8036617432499244215p1" style="text-align: justify;">
<span class="m_-8036617432499244215s1">Se o chatearmos muito ele vai soltando palavras. Ouvimos um "não", um "sim", e estou capaz de jurar que ouvi um "Mickey" também.<span class="m_-8036617432499244215Apple-converted-space"> </span></span></div>
<div class="m_-8036617432499244215p2" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="m_-8036617432499244215p1" style="text-align: justify;">
<span class="m_-8036617432499244215s1">Voltamos.
Ainda não tinha saudades de casa (e eu que adoro a nossa casa).
Preguiça, Praia, Parque. Nunca deixo de me deliciar com o privilégio de
ter a praia já ali. E com a sorte de no caminho sempre encontrar um
amigo.<span class="m_-8036617432499244215Apple-converted-space"> Fiz doce de pera, gelado e tomate seco. </span></span></div>
<div class="m_-8036617432499244215p2" style="text-align: justify;">
<span class="m_-8036617432499244215s1"></span><br /></div>
<div class="m_-8036617432499244215p1" style="text-align: justify;">
<span class="m_-8036617432499244215s1">Hoje volto ao trabalho. Foram 5 dias incrivelmente bons. Regresso bem dormida, com muitas de ideias e de coração cheio. <span class="m_-8036617432499244215Apple-converted-space"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Verahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8987501223940460813.post-47733753858162898672017-08-04T12:12:00.002+01:002017-08-04T12:12:40.158+01:00Quase pronto<blockquote class="tr_bq">
<a href="http://casnocha.com/2017/05/youre-almost-ready.html" target="_blank">"Saltas para fora do avião quando eu contar até 5. Pronto?" diz-te o instrutor de paraquedismo, enquanto tu aguardas nervosamente pelo primeiro salto, inclinado num pequeno avião Cessna a cerca de 10 000 pés de altitude. Tu vibras com a adrenalina. E simultaneamente tremes de medo.</a> </blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<a href="http://casnocha.com/2017/05/youre-almost-ready.html" target="_blank">"Ok", dizes tu pouco convictamente. "Estou pronto."</a> </blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<a href="http://casnocha.com/2017/05/youre-almost-ready.html" target="_blank">O instrutor abre a porta do avião. O ar dispara pela porta aberta e o avião agita-se ligeiramente no ar. O medo torna-se pânico, como se cada célula do teu corpo - tudo o que a Evolução te ensinou - dissesse para não saltares por uma porta aberta de um avião.</a> </blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<a href="http://casnocha.com/2017/05/youre-almost-ready.html" target="_blank">"1,2,3..."</a> </blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<a href="http://casnocha.com/2017/05/youre-almost-ready.html" target="_blank">Quando o instrutor conta o 4 dispara a arma da partida. Tu pensas que tens mais um precioso segundo para mudar de ideias. Mas ele já te empurrou para fora do avião. E tu vais. Assim, não houve tempo para mudares de ideias no último instante.</a> </blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<a href="http://casnocha.com/2017/05/youre-almost-ready.html" target="_blank">Apesar de eu nunca ter feito paraquedismo, disseram-me que esta era uma técnica frequentemente utilizada com pessoas que experimentam pela primeira vez e, por vezes, têm ataques de pânico no último minuto.</a> </blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<a href="http://casnocha.com/2017/05/youre-almost-ready.html" target="_blank">Isto lembrou-me de uma conversa com um amigo que aconteceu num bonito dia de Verão há alguns anos em Berlim.</a> </blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<a href="http://casnocha.com/2017/05/youre-almost-ready.html" target="_blank">Eu perguntei-lhe se ele se sentia preparado para ter filhos quando o filho dele nasceu. Ele respondeu "Não estava preparado para ter filhos. Mas nós estávamos quase preparados para ter filhos. Quase preparados. Tu nunca te vais sentir completamente preparado."</a> </blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<a href="http://casnocha.com/2017/05/youre-almost-ready.html" target="_blank">Isto é verdade para tantas coisas, não é?</a> </blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<a href="http://casnocha.com/2017/05/youre-almost-ready.html" target="_blank">Não comeces uma empresa quando te sentires preparado para isso, porque tu nunca te sentirás preparado. Começa a tua própria empresa quando te sentires quase preparado.</a> </blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<a href="http://casnocha.com/2017/05/youre-almost-ready.html" target="_blank">Não cases com o teu namorado ou namorada quando te sentires preparado para isso, porque tu nunca terás absoluta certeza que tudo será feito. Casa-te quando te sentires preparado - quando tiveres quase certeza que é A pessoa certa.</a> </blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<a href="http://casnocha.com/2017/05/youre-almost-ready.html" target="_blank">Não aceites o trabalho para o qual te sentes totalmente preparado. Desafia-te. Estimula-te. Aceita o trabalho para o qual estás quase preparado.</a> </blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<a href="http://casnocha.com/2017/05/youre-almost-ready.html" target="_blank">"Quase preparado" é semelhante à "Regra do 80%" para persuasão. Ronald Reagan defendeu que não é preciso que alguém concorde 100% contigo para estar "contigo" - só precisas que a pessoa esteja do teu lado em 80% das questões. Isto é geralmente suficiente para conseguir o seu apoio.</a> </blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<a href="http://casnocha.com/2017/05/youre-almost-ready.html" target="_blank">A Regra do 80% aplicada a nós mesmos significaria que nós não precisamos de estar 100% certos de uma decisão para que esta seja a decisão certa.</a> </blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://casnocha.com/2017/05/youre-almost-ready.html" target="_blank">Nós só precisamos de estar 80% certos - ou, quase certos!Por outro lado, se tiveres sorte, um mentor ou um amigo irá estar por perto para interromper a tua moderação, duvidas e procrastinação - e empurrar-te para fora do avião antes mesmo de perceberes o que está a acontecer. </a></div>
</blockquote>
<div style="text-align: right;">
Tradução livre do texto <a href="http://casnocha.com/2017/05/youre-almost-ready.html" target="_blank">Leap When You’re Almost Ready de Ben Casnocha </a></div>
Verahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8987501223940460813.post-51341517508303570112017-08-02T00:30:00.000+01:002017-08-01T17:46:33.871+01:00Estão esgotados os recursos naturais do planeta para 2017<div style="text-align: justify;">
<a href="https://zero.ong/zero-alerta-que-o-cartao-de-credito-ambiental-e-usado-cada-vez-mais-cedo/" target="_blank">Dizem as estatisticas que hoje, 2 de agosto, estão esgotados os recursos naturais do planeta para 201</a>7 (isto é, o limite do uso sustentável). Há quase 50 anos que gastamos mais planeta do que devemos e este dia "limite" tem chagado cada vez mais cedo. Se dependesse apenas de Portugal, este dia chegaria ainda mais cedo. <br />
<br />
A proposta da Zero aposta numa economia circular, com aposta na reutilização e redução (ter menos mas de melhor qualidade), na redução do consumo de proteína animal e na promoção da mobilidade sustentável. Fiquei a pensar no que posso estar afazer mal e bem.<br />
<br />
Lá por casa já usamos transportes públicos na grande maior parte do ano, andamos maioritariamente a pé ao fim de semana e fazemos alguma reciclagem. No entanto... isto é menos que uma migalha para o longo caminho que há a percorrer! Faltam 5 meses para o final do ano, quero introduzir 5 pequenas outras migalhas, uma por mês:</div>
<ul style="text-align: justify;">
<li><b>Agosto</b>: sou um desastre com os banhos... Água muito quente, muito tempo no chuveiro. É um valente desperdício... O objetivo é encurtar os banhos e aproveitar o calor para me habituar a água menos quente. Além das vantagens para o ambiente, a minha pele e cabelo ainda agradecem.</li>
</ul>
<ul>
<li><b>Setembro</b>: Vender, dar, deitar fora, arrumar, organizar. Este é um trabalho em progresso. Preciso de me livrar de tralha. Todas semanas arrumamos um bocadinho. Já há muitas coisas com destino definido, outras tanto vão a caminho.</li>
</ul>
<ul>
<li><b>Outubro</b>: Trocar todas as lâmpadas por lampadas led. A maior parte deste trabalho está, na verdade, feito.</li>
</ul>
<ul>
<li><b>Novembro</b>: Garantir uma refeição vegatariana por semana. Excluir a proteína animal uma refeição por semana é simples (e uma coisa que na verdade já fazemos algumas vezes).</li>
</ul>
<ul>
<li><b>Dezembro</b>: Comprar e cozinhar com consciência. O mês do Natal é sempre um mês cheio de desperdicio (e eu adoro o Natal). Tenho que me esforçar para que todas as compras sejam feitas com mais consciencia. Qualidade sobre quantidade. Oferecer menos "coisas" e mais experiências.</li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
Estes são, claramente, passinhos de pardal. Mas são realistas e um pequeno investimento para manutenção da nossa qualidade de vida e do planeta que deixamos de herança. Alguém se junta? </div>
Verahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8987501223940460813.post-85411491732541493542017-07-19T16:42:00.002+01:002017-07-19T16:42:56.041+01:00Inquietudes Às vezes só queria que o tempo passa-se mais devagar, que o dia tivesse mais horas, ou.. sei lá! <br /><br />Tenho conseguido organizar-me razoavelmente bem. Parece-me. Mas não deixo de sentir que ando sempre numa corrida contra o tempo. Levanto-me sempre atrasada, saio sempre mais tarde para o ginásio do que gostaria, o trabalho rende menos do que prevejo (ou estarei a fazer mal as estimativas de tempo?), vou embora mais tarde do que o suposto, estou menos tempo com o Duarte do que quero, consigo fazer menos em casa do que pensei durante o dia, adormeço sempre incrivelmente cansada.<br /><br />Estou a precisar de parar e organizar. Não sei se são as espectativas que estão erradas, se as ideias que são excessivas, ou outra coisa qualquer. <br /><br />As férias grandes parecem um objetivo demasiado distante. <br /><br />O Duarte... o Duarte, o Duarte! Está cada dia mais engraçado mas, raio do rapaz, não fala. E, por muito que possa ser normal, que cada criança tenha o seu ritmo, que eu até tenha prometido a mim mesma dar-lhe sempre o tempo dele depois dos stresses desnecessários com a evolução inicial de peso, é impossível não ficar, um bocadinho que seja, preocupada. Ele expressa-se lindamente, há vários motivos que possam atrasar a fala mas... Nasceu com ele esta minha capacidade de estar preocupada com ele. Inevitável. <br /><br />Comprei um montes de livros "práticos" que quero ler, tenho tantas ideias para por em prática, o dia voa, o fim de semana corre. Nada Hygge esta minha forma de estar! :) <br /><br />E um botão para Reset, há?<br />Verahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8987501223940460813.post-66792563562834444952017-07-05T16:40:00.001+01:002017-07-05T16:40:51.948+01:00A escola que temos<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://xn--(resumo%20da%20matria%20dada)-suc/" target="_blank">Por fim, há um problema que atravessa todas as disciplinas e que se
prende com os métodos de ensino. Já li bastantes artigos sobre isto, não
estou a inventar a pólvora, mas a verdade é que estamos a ensinar os
miúdos em 2017 com métodos do século XIX. E se no nosso tempo a coisa já
era uma seca, imagine-se agora, com putos que cresceram com mil canais
de televisão e internet nos computadores e vivem com um telefone
permanentemente nas mãos. É muito mais difícil captar a sua atenção e
motivá-los. Por outro lado, sinto muitas vezes que não estamos a
preparar estes miúdos para o futuro. Fazêmo-los decorar coisas e mais
coisas mas não os ensinamos a ver o mundo. Estamos a dar-lhes uma série
de conhecimentos obsoletos e banais, a fazê-los decorar coisas de que,
na realidade, eles não vão precisar nunca mais (assim como assim está
tudo no google), em vez de lhes darmos verdadeiras competências para o
mundo real.</a></div>
</blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
(...) </blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<a href="http://xn--(resumo%20da%20matria%20dada)-suc/" target="_blank">Finalmente, e esse é o último elemento que entra nesta equação: para
que é que isto tudo serve? Quando era miúda, ouvi muitas vezes o
discurso do tens de estudar para ser alguém. Ou, pelo menos, para ser
aquilo que eu sonhava ser. Acreditava-se que os estudos abriam portas,
portas que estavam vedadas a quem não trabalhasse o suficiente na escola
e que nos iriam conduzir a uma vida melhor. Hoje em dia, apesar de eu
ainda acreditar que estudar abre mesmo muitas portas - na cabeça e nas
vidas das pessoas - é muito mais difícil conseguir convencer os miúdos
disto. Todos os dias eles têm exemplos de pessoas que não estudaram nada
e conseguiram ter sucesso (na televisão, na internet, no desporto...) ,
e também vão encontrando pessoas que estudaram mesmo muito e com
resultados excelentes e não conseguiram fazer grande coisa da sua vida.
Assim fica mais difícil a tarefa de uma mãe.</a> <br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</blockquote>
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Ando a digerir este texto da Gata há alguns dias. O tema "educação" é mais um dos que me tornei sensível depois do Duarte. E por longe que ainda estejam estes tempos para "o meu", tenho sempre uma grande angústia ao pensar no que estamos a fazer às nossas crianças. </div>
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<br /></div>
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Olho para o ensino e parece-me estar tudo errado. Da-mos péssimas condições de trabalho aos professores, enfiamos 30 crianças numa sala e trocamos os professores anualmente (como se espera que conheçam os miúdos assim?). Acrescento ainda que, pelo que me parece, temos cada vez mais professores que escolhem a profissão porque "é o que sobra". Sem qualquer gosto ou vocação. E esta maravilhosa ideia dos centros escolares. Pré-primária e primária juntas, centenas de crianças pequeninas na mesma escola. Adeus conceito "familiar". </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Conheço dois casos muito próximos em que vejo as injustiças do modelo de ensino. Um miúdo com uma boa cultura geral, inteligente e interessado mas com graves problemas de auto-confiança acaba o ano com uma catrefada de 3 na pauta e até uma negativa. O outro, um grande vendedor de banha da cobra, mentiroso, cheio de atalhos, consegue decorar muito mas não compreende nada, sabe vender-se lindamente. Resultou em muitos 4. "Exemplar". Não consigo explicar a agonia que isto me provoca. É claro que acredito que a longo prazo seja o primeiro miúdo que vá ter mais sucesso. Preciso de acreditar nisso mas... parece tudo muito trocado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Gostei tanto de andar na escola, gostava tanto de saber transmitir este gosto para o Duarte. Gostava que ele percebesse que a matemática não é difícil, os números encaixam todos, dançam tão bem. Queria que ele compreendesse que a História é importante e que saber os porquês da Ciência não são uma seca sem sentido. Não sei como se passa tudo isto e tenho mesmo medo de falhar. Resta-me não me esquecer de tentar sempre. .Verahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8987501223940460813.post-17210269774008760142017-06-29T12:32:00.000+01:002017-06-29T12:32:20.521+01:00Esta coisa da Internet<div style="text-align: justify;">
Disseram-me <a href="http://analogsbox.blogspot.pt/" target="_blank">"tenho saudades de ler novidades tuas"</a>, respondi "tenho saudades de escrever". </div>
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<br /></div>
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Tenho mesmo. Ainda não percebi muito bem a minha posição nesta coisa dos blogues ou da Internet, mas a verdade é que gosto de escrever e gosto de estar por aqui.
A "rede" trouxe-me pessoas muito importantes para mim. Trouxe vários amigos, daqueles que até me fizeram comprar um sofá-cama para ter à disposição. Daqueles que, apesar de estarem geograficamente muito perto eu provavelmente não conheceria sem o blogue (<a href="http://www.martabsousa.com/" target="_blank">olá Martinha</a>, vamos beber uma limonada?) e até um a quem eu decidi dizer sim no altar. Gosto de ver novidades das minhas pessoas e acho que, bem utilizada, é a melhor invenção depois da roda. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Mas às vezes... às vezes sinto-me cansada da Internet. Das casas imaculadas, das ideias sempre felizes, da cultura do perfeito, do efeito rebanho. Hoje está na moda do minimalismo. Ontem estava o vintage. Amanhã sobre o que será que todos querem falar? Não que não concorde com algumas ideias, concordo. Não que ache que seja suposto estarmos sempre a falar de coisas más, não acho. Nem sequer há vontade para escrever nos dias maus. Mas o que me cansa, é a repetição, o "mais do mesmo", os conceitos para vender. Voltando a isto, tenho mesmo que rever os conteúdos que sigo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Ai que estou farta da chuva. Ai que não se pode com o calor. Olá Junho! Olá Novembro! Be Sweet! #hashtag #somostodos #englishisthenewblack </i></div>
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<br /></div>
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Se calhar sou eu, uma velha do Restelo, facilmente irritável. Ou cansada. Há dias em que admito que não gosto muito de pessoas. </div>
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<br /></div>
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Onde é que eu ia? No blogue, escrever. As ideias. Este blogue já teve vários propósitos, mas não deixa de ser uma caixa de ideias minha. Tenho que o voltar a encaixar nas minhas rotinas, porque em ajuda a estruturar as ideias e porque, surpreendentemente, até parece que há quem goste de ler às vezes.
Vamos lá ver...</div>
Verahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8987501223940460813.post-67346031895254946602017-05-25T11:30:00.000+01:002017-05-25T11:30:19.841+01:00E se deixasseemos as crianças serem crianças? <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiknAqbvIIVChYAtfgAfjBBhq42OwBQEgHH7TcWk72Z3ukxWbkf_NkKcyf5zVfBB_1Byd_4KXpV6KkwLQEZ8YIkUyekdGT5g8GghN0LK1n09CatngfaOyJPvdXXR9DHh6LISVVK71Po2U0x/s1600/il_570xN.1017705968_r8ms.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="569" data-original-width="570" height="319" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiknAqbvIIVChYAtfgAfjBBhq42OwBQEgHH7TcWk72Z3ukxWbkf_NkKcyf5zVfBB_1Byd_4KXpV6KkwLQEZ8YIkUyekdGT5g8GghN0LK1n09CatngfaOyJPvdXXR9DHh6LISVVK71Po2U0x/s320/il_570xN.1017705968_r8ms.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: xx-small;">imagem algures no Pinterest</span></div>
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</div>
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Ontem conversava com umas amigas (caramba, vejo a nossa "adultez" na quantidade de amigas com filhos que tenho!) sobre programas curriculares. Odeio ouvir falar em planos curriculares, em objectivos, em fichas de acompanhamento quando se trata de crianças tão pequenas. Mais... eu acho que mesmo a escola primária (não gosto de dizer primeiro ciclo ok?) deveria ser levada ainda a brincar. <br />
<br />
Não sei até quando conseguirei "proteger" o Duarte desta pressão. Tenho a sorte de o poder deixar com os avós e quero aproveitar esta lotaria ao máximo. <a href="http://demeledesal.blogspot.pt/2017/02/nao-quero-criar-uma-maquina.html">O rapaz pode ser índio à vontade, e isso deixa-em tão feliz</a>. Dorme ao ritmo dele, passa muitas horas ao ar livre, e suja-se. Suja-se MUITO. É verdade que se estivesse uma cresce talvez já falasse um pouco mais mas muito provavelmente não saberia apanhar morangos nem gostaria de receber beijos nojentos das cadelas. Acredito que uma criança precisa para ser saudável (física e mentalmente) é muito pouco. Tento fugir das metas. Não quero saber (ou pelo menos se parar para pensar sei que não quero) o que "é suposto ele saber fazer com esta idade". A informação, o contacto, a sociedade, está a tornar-nos tão assustadoramente exigentes!<br />
<br />
"Com esta idade, ele já deveria saber falar mais, já devia saber cores, já devia...". Não, não acho que devia. Talvez até eu lhe conseguisse ensinar mas... o que estaria ele a perder? Isto não é uma corrida, não é desta infância que eu me lembro. Confesso-me fascinada pela Pedagogia Waldorf. Adoro a ideia de se respeitar o ritmo, de se ensinar por desafios, por contacto, pela liberdade, pelo mundo. Claro que tudo isto é muito difícil. É preciso professores preparados e vocacionados. É preciso turmas pequenas, escolas com muito espaço. Não acho que seja fácil integrar tudo isto no sistema público e sou totalmente a favor do ensino público. Não sou fundamentalista e também não tenho a certeza de como funcionaria a integração. Nem sequer tenho uma escola destas a uma distância real. <br />
<br />
Não sendo uma realidade para mim (ou muitos de nós), acho cabe fazermos a nossa parte. Deixa-los ser crianças. Não dramatizar com metas. Deixa-los sujar-se na terra, correr, cair. Leva-los a passear, ao parque, à praia, ao jardim. Viajar, mesmo que perto. Há sempre coisas diferentes para ver. Dar muito tempo para brincar. Conversar, dar tempo de qualidade (mesmo que infelizmente pouco). Dar-lhe liberdade para escolher mas impor regras, limitar gadgets. Deixa-los ser crianças. Para ser adulto há muito tempo...</div>
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</div>
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</div>
<blockquote class="tr_bq">
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</div>
</blockquote>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/B-ZSeepDmPE/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/B-ZSeepDmPE?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote>
<a href="https://www.portugalparamiudos.pt/experiencias-importantes-para-os-miudos/">"O seu filho, no futuro, irá lembrar-se do parque por onde correu todo feliz, do restaurante onde havia um lago de carpas ou da viagem de avião que, apesar de aborrecida, teve muitos momentos hilariantes em família. E os brinquedos? Bem, talvez um dia se lembre do peluche preferido…mas pouco mais. Pense na sua infância."</a></blockquote>
<br /></div>
Verahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8987501223940460813.post-36738475552572046142017-05-22T12:31:00.001+01:002017-05-22T12:31:43.420+01:00Escrever para não esquecer<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheCH0e9-4rC-W8f4bOp_hLtwR-k0IbDGXRNT58n5UMzlq8iAfafV6a1oAvLZFFvZrSG9OtEz4IVHfq9HjvEQ8pCEkU50VikkH5cUgasmk_eIuxvMRjamby4de7mbPvcEraW2E0DawRhdHF/s1600/praiaa3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheCH0e9-4rC-W8f4bOp_hLtwR-k0IbDGXRNT58n5UMzlq8iAfafV6a1oAvLZFFvZrSG9OtEz4IVHfq9HjvEQ8pCEkU50VikkH5cUgasmk_eIuxvMRjamby4de7mbPvcEraW2E0DawRhdHF/s400/praiaa3.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
No Sábado tivemos um casamento. A viagem até à bonita igreja durava mais de uma hora e, com a excepção dos noivos, conheciamos oito convidados. Decidimos não levar o Duarte. Do alto dos seus 19 decididos meses que querem muita liberdade e pouco protocolo, achamos que ficava melhor entregue aos avós. Pediram-nos que ficasse lá a dormir com a promessa de que se ele não estivesse bem nos ligavam. Fomos até ao Gerês e podemos ser adultos sem filhos. Claro que falamos nele, claro que pensamos nele, mas foi muito, muito, muito bom conversar sem correr, sem intercalar com o pai, sem avaliar perigos. Ele ficou bem, com toda a atenção do mundo, com toda a liberdade. No Domingo percebemos que depois de se ter molhado andou nu no pátio, tão feliz. Os avós, pareciam crianças no dia de Natal. <br /><br />Eu tive mais uma série de certezas absultas deitadas por terra. Antigamente achava que os casamentos eram festas de família, para irmos todos. Não acho que sejam sempre. Achava que iria ser sempre fácil deixar o Duarte em casa dos avós quando precisasse, até porque eu adorava ficar em casa dos meus avós. Não é. Não sendo esta sequer a primeira vez, é difícil. É bom, mas é difícil. Mas se é verdade que eu acredito que é preciso uma aldeia para cuidar de uma criança, tenho que saber dar a criança à aldeia. <br /><br />Chegamos tarde, podemos dormir até ao meio dia. Não faço ideia de quando foi a última vez que isto tinha acontecido. No final do dia, fomos os três até à praia. Pela primeira vez, o Duarte caminhou na areia. Estava um dia incrivel, sem vento e sem gente. Houve até tempo para passar no parque, foi mesmo bom. <br /><br />Preciso de escrever para não me esquecer. O bom que é ter tanta gente em quem confiar o Duarte. A felicidade deles. A sensação nova de caminhar na areia. A "aldeia".<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBE0PzIgLiZJNABnGwcrofzfi2o57Tco1Z6MnrqpQOKHBXEpD_HoUge2CYG5JSWEL5QwRspzhIbS2Di0dASm-qCFitYHJbNy4o3bm9x-yPmaYVPoe3tIgt7SsXeBzpWJ6JFXwHn_zlkGlO/s1600/praiaa3_1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBE0PzIgLiZJNABnGwcrofzfi2o57Tco1Z6MnrqpQOKHBXEpD_HoUge2CYG5JSWEL5QwRspzhIbS2Di0dASm-qCFitYHJbNy4o3bm9x-yPmaYVPoe3tIgt7SsXeBzpWJ6JFXwHn_zlkGlO/s400/praiaa3_1.jpg" width="400" /></a> <br /><br />Verahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8987501223940460813.post-10034658254450373182017-04-17T15:17:00.002+01:002017-04-17T15:17:20.981+01:00 Socorro! Trocaram-me a personalidade! <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidrtVa2yl2cAyIzEkStPUnbG8-e-obNxtuAsS9Bovp7L18ysMThngGgjtDt30Kg02DuHeXE9iot9RbJGoQHwxBeZKDoMSXErkpxzow79bLTNl2Y3i8l1s4TGhzmij3rnmqTGOTaYJUQgmT/s1600/2dfa28705fa03f8a97c5ed7ed2cad012.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidrtVa2yl2cAyIzEkStPUnbG8-e-obNxtuAsS9Bovp7L18ysMThngGgjtDt30Kg02DuHeXE9iot9RbJGoQHwxBeZKDoMSXErkpxzow79bLTNl2Y3i8l1s4TGhzmij3rnmqTGOTaYJUQgmT/s400/2dfa28705fa03f8a97c5ed7ed2cad012.jpg" width="300" /> </a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: xx-small;"><a href="http://www.littlehouseliving.com/appliances-for-small-spaces.html" target="_blank">Imagem daqui</a></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Não sei o que se passa nos últimos tempos. Não sei se foi a maternidade, a responsabilidade, ou se afinal isto é que é crescer. <br /><br />Vejamos. <br /><br />Quem me conhece sabe que eu adoro coisas, que sou o oposto do minimalismo. Gosto de ter várias opções na hora de escolher a roupa, gosto de ver estantes cheias de livros, gosto de ter CDs e Discos físicos. Junto a isto o facto de ter grandes dificuldades em desfazer-me das coisas. Reconheço valor no vestido que levei ao casamento de uma pessoa especial mesmo que já não me fique lá muito bem. Guardo bilhetes e recordações mesmo que já mal se veja o que lá está escrito. Gosto de ver estantes cheias de livros e de ter livros em todas as divisões. Tenho uma série de materiais que só guardo porque há boas ideias para eles mas que sei que dificilmente os vou conseguir utilizar. Sou saudosista. <br /><br />O problema é que, algures no tempo, o excesso de coisas começou a incomodar-me. Não me estou a tornar minimalista nem acho que é esse o meu caminho, mas percebo que não vale a pena guardar roupa que nunca me vai ficar bem, ter mais do que um par de calças velhas ou ter 4 consolas de jogos sem temo livre para eles. Então... decidi que ia experimentar colocar algumas coisas à venda no OLX. E porque estas coisas precisam de motivação, todo o dinheiro lucrado seria utilizado na mudança da sala. Já vendi muita tralha e tenho em espera outro tanto. No fim de semana dei uma volta aos armários, ainda há muito que pode sair mas para já despachamos 3 sacas cheias de roupa e calçado para dar, uma série de coisas que vão parar ao OLX e muitos kgs de lixo já está no ecoponto. <br /><br />Mas há mais!<br /><br />Eu, sostra de profissão, que sempre adorou ficar no sofá alapada a comer porcarias (yeah, grande imagem...) comentei há uns tempos que acho que o meu corpo andava a pedir para me mexer. Juntei a isto o convite de uma amiga e fui ao ginásio numa das horas de almoço "mas eu só vou experimentar, não sou de ginásio e este é muito caro". Pois, claro que sim. Saí de lá a sentir-me tão bem, voltei no dia seguinte, e mais um. E inscrevi-me. Eu, sostra de profissão, estou inscrita num ginásio e tem-me sabia pela vida. <br /><br />E depois há o resto... Tenho comido mais fruta, tenho bebido mais água, optei por deixar a pílula (ou outras opções hormonais), continuo a amamentar, preferi um parto num hospital público, não gosto de excesso de redes sociais, vejo pouca televisão, converti-me aos transportes públicos e gosto mesmo de andar a pé... Não fosse a inscrição no ginásio pipi e diria que encarnei numa Hippie e nem reparei. </div>
Verahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8987501223940460813.post-84490127508682450042017-03-23T15:37:00.002+00:002017-03-23T15:37:37.883+00:00Se estivessem a fazer a review do vosso filho na amazon... quantas estrelas lhe dariam?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://images-na.ssl-images-amazon.com/images/G/01/img15/baby-registry/other/218_2015_SAHITIG_AmazonBox_MOM_011_SOFINALYES._V293001008_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://images-na.ssl-images-amazon.com/images/G/01/img15/baby-registry/other/218_2015_SAHITIG_AmazonBox_MOM_011_SOFINALYES._V293001008_.jpg" width="320" /></a></div>
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A propósito desta <a href="https://www.blogger.com/,%20https://www.reddit.com/r/beyondthebump/comments/60j1eq/if_you_were_reviewing_your_baby_on_amazon_how/%20que%20me">thread do Reddit</a> que me fez rir uns bons minutos, aceitei o desafio e respondi à pergunta. :D</div>
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</div>
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<br /></div>
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4/5
O produto está de acordo com as expectativas. É carinhoso, fofinho e
amoroso, como descrito. Tem alguns problemas no botão de desligar.
Quando começa a perder a bateria não é muito simples recarregar na
primeira tentativa. As gargalhadas são fantásticas! Após 17 meses a
experimentar o produto posso garantir que vou de certeza voltar a
encomendar.</div>
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<br /></div>
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Prós:</div>
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- Entrega rápida.</div>
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- A apresentação produto real supera largamente a expectativa e as fotografias apresentadas.</div>
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- Muito veloz.</div>
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- Óptimo para animar os dias maus.</div>
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- De uma forma geral a manutenção é simples.</div>
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- Excelente Qualidade e robustez. Tem até funções de auto-reparação.</div>
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<br /></div>
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Cons:</div>
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- A embalagem no momento da entrega</div>
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-
Picos de crescimento atípicos. Muito lento e mais tarde extremamente
acelerado. Tudo dentro do aceitável pelo manual contudo dificulta o
transporte.</div>
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- Linguagem verbal pouco perceptível.</div>
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- Viciante</div>
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- Por vezes parece ter a funcionalidade "audição desligada".</div>
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- Não está provado que a função "Sono" possa ter um tempo superior a 5 horas.</div>
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- Sem Garantia</div>
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<br /></div>
<br />Verahttp://www.blogger.com/profile/16504700935792161946noreply@blogger.com1