Hoje foi o teu primeiro dia de escola. Pensei muito esta semana se estaríamos efectivamente a fazer o melhor para ti, para todos nós.
Decidimos, quando nasceste, que irias ficar com as avós enquanto nos parecesse que isso era o melhor para ti. Há uns tempos começou-nos a parecer que talvez estivesse a chegar o momento. Precisas claramente de outros meninos e de brincadeiras de grupo. Precisas, parece-nos, de algumas regras que o amor infinito dos avós não deixa aplicar. Continuamos a querer que tenhas todo o mimo do mundo, mas vemos o menino que te tornaste e achamos que precisas mais.
Hoje chegaste, exploraste o espaço e ignoraste todos os humanos à volta. Viemos trabalhar e deixamos que ficasses com a avó na sala, a avó saiu um bocadinho. Quando voltou, estavas bem. Quando voltou, disseste que querias voltar amanhã. Não sei como será quando passar a novidade. Tenho medo que chores depois. Por agora... vamos devagarinho.
Perguntaram-me como é que eu tinha ficado. Fiquei de coração pequenino mas sempre a sorrir. Um dia vais perceber como é difícil e igualmente maravilhoso ver um filho crescer. E é ainda mais estranho ver-nos a crescer através dos outros. Mas bom. Mesmo muito bom.
Amo-te.
Mãe
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