Cheguei às 24 semanas de gravidez e há um misto de sensações gigante. A segunda gravidez é sem sombra de dúvidas mais cansativa que a primeira, sei que preciso parar de trabalhar entretanto para me preparar para o turbilhão que aí virá mas não sei bem como me sinto com esta perspectiva de parar nas próximas semanas. Não tenho a menor dúvida que a minha família é mais importante que o meu trabalho, mas também sei o quanto gosto da minha rotina. Sei perfeitamente o caos que se torna nos primeiros meses de vida do bebé e percebo que com outra criança em casa, manter a sanidade ainda deve ser mais caótico.
Sei que preciso de descansar o corpo e não me faltam ideias sobre o que fazer no tempo de espera do bebé. Quero descansar, fazer caminhadas pequenas, arranjar espaço para as coisas do bebé, preparar o espaço dele. Quero ter tempo para dar atenção ao Duarte nas últimas semanas de filho único, fazer pão, arranjar as plantas e os armários. Quero voltar a ser uma pessoa com paciência para ouvir parvoíces de outras pessoas. Mas... também quero acompanhar os projectos em que me tanto me envolvi nos últimos meses, (tentar) garantir que corre tudo bem e que pouca coisa falhará. Passo os meus dias entre as sensações de "estou a morrer, preciso mesmo parar" e o "não, não vou parar, na verdade nem quero parar de todo". Estou com um humor bipolar e oscilo entre ideias durante vários momentos do dia.
Entretanto "passamos" a barreira das 24 semanas, a marca da "viabilidade". A contagem parece cada vez mais perto do "fim" e o nervoso miudinho bom aumenta (ou o pânico, conforme a hora, lá está...). Há um bebé a caminho e isso é bom, assustador e cansativo.
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