quinta-feira, 20 de setembro de 2012

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Não é fácil ver as pessoas que gostamos a fugirem-nos por entre os dedos mesmo que para um sítio melhor, para uma vida melhor. Tenho amigos a morar em Inglaterra, na Alemanha, no Brasil... Outros, mais por perto, assentaram arraiais em Lisboa ou pelo Alentejo. É verdade que há Messenger, Blogs, Facebook e e-mails. Mas é também verdade que já não se mandam emails só para falar a maravilhosa sobremesa do jantar de ontem e com isso, perde-se alguma proximidade.
 
O tempo passa, as amizades continuam. Eles vêm cá, nós vamos lá (ou tentamos juntar uns trocos para isso). É maravilhosa a sensação de que podemos estar afastados meses que a conversa e a descontracção não desaparece. Mas é horrível a sensação e o coração apertado de "agora só daqui a uns meses". Desejo-lhes a todos a maior sorte do mundo mas afundo-me na frustração de ver a nossa geração a "fugir". Mesmo que "tenha" uma casa em Frankfurt. Mesmo que tenha uma fornecedora continua de chás de Camden Town. Mesmo que conheça uma infiltrada na Cadbury. Mesmo que  receba colares lindos de artesanato brasileiro (o da imagem veio de São Salvador da Bahia!). Mesmo que adore esta sensação de ter amigos corajosos, "cidadãos do mundo". Mesmo assim, morro de saudades deles.

"Até ao Natal".

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