quarta-feira, 15 de novembro de 2017

7 coisas sobre viajar com bebés de avião



No início do mês fomos passar uns dias à Bélgica. Uma espécie de mini-férias e o aproveitar dos últimos dias do Duarte com menos de 2 anos (e consequentemente com um preço de viagem mais simpático). Correu tudo muito bem. Sei que o Duarte nunca se irá lembrar destes dias, mas nós vamos e acredito que há sempre um bichinho que fica destas experiências boas. Descobri uma série de coisas sobre viajar com bebé que... podem dar jeito. :) 
  •  Custo: o bebé viaja no colo (até aos 24 meses) e consequentemente não paga bilhete. As companhias podem comprar uma taxa (a Ryanair cobra 20€ por viagem) mas o preço é sempre baixo.
  • Documentação: o normal... Cartão de Cidadão (viagem na UE) e Cartão de Embarque. Isto porque viajou com os pais. Não sei como funcionaria em caso de ir com outras pessoas ou apenas com um de nós. 
  • Bagagem: É possível transportar até dois módulos grandes (carrinho, cadeira do carro, cadeira da papa...) sem qualquer custo extra. Na Ryanair podemos ainda levar uma bagagem de 5kgs para o bebé, mas não percebi se é regra ou política da companhia. Os itens grandes viajam como bagagem de porão (para o qual deve ser feito check-in no balcão) mas o carro só é entregue na porta do avião. À saída do avião, o carro está "à espera". Esta vantagem não é exclusiva de crianças até aos dois anos, mas não sei qual a idade limite.
O que levamos connosco numa viagem de 5 dias no inverno: duas mochilas (é ótimo ter as mãos livres!), casacos, o carrinho bengala, e uma mala pequena com as coisas dele para a viagem (a tal até 5Kgs). Tinha a comida, fraldas, água e toda uma panóplia de brinquedos e livros. 
  • Mobilidade: Se o Duarte fosse mais pequenino não exitava em levar a mochila ergonómica. Como com 90cm e 14Kgs de gente o transporte agarradinho a mim já não é assim tão simples, optamos por levar o carrinho. Decidimos comprar um carrinho bengala para esta viagem, como iria no porão e seria potencialmente mal tratado não quis arriscar em enviar o carrinho do trio. Foi uma boa opção e vai passar a ser o carro "trator". :) 
  • Alimentação e Líquidos: É possível entrar com líquidos para o bebé (papas, boiões, leite, água, iogurtes...) sem restrições de capacidade da embalagem. Não li sobre a quantidade total máxima mas acredito que reine o bom senso... Não é suposto levar comida para TODOS os dias de estadia fora!! Pelo que o segurança do Aeroporto do Porto me explicou, este é um benefício dado para viagens com crianças até aos 8 anos. Não encontrei esta informação escrita.
  • Embarque: Aqui foi a parte "complicada". Na viagem do Porto para Bruxelas, o Duarte adormeceu no carrinho enquanto esperávamos que as portas abrissem. Mesmo assim, a hospedeira de bordo, incrivelmente querida, avisou-nos que teríamos prioridade no embarque se o pretendêssemos ou, caso não quiséssemos esperar ao frio com ele, nos avisava para irmos só no final. No regresso... com o Duarte aborrecido, depois de muito tempo na fila para a porta de embarque abrir, decidi perguntar se tínhamos prioridade no embarque, uma vez que simplificaria muito poder senta-lo e ir brincando com ele enquanto aguardávamos já no lugar. A resposta que obtive da companhia foi "pagou pela prioridade? não pagou, não tem". Assim, fico sem perceber se a prioridade que tivemos no Porto foi por questões legais ou por puro bom senso. Não é política da Ryanair. A Easyjet, por exemplo, anuncia que dá prioridade a famílias com bebés (depois da prioridade das pessoas que pagaram por ela, o que me parece justo)
  • Desconforto na viagem: Estávamos com algum receio. Pressão nas orelhas, muito tempo sentado, trocar fraldas, adormecer o rapaz, convencê-lo a estar com cinto... Humpf! Foi muito mais simples do que podíamos prever. Na viagem de ida, adormeceu ainda antes de embarcarmos, e só acordou a meio da viagem. Foi fácil entretê-lo com o lanche, jogos e livros que levamos. Quando começou a ficar aborrecido (e a tentar brincar com o cabelo da senhora da frente...) fomos dar uma voltinha no corredor. Troquei a fralda na casa de banho do avião e foi um bocadinho acrobático. O Duarte já é gigante para aquele espaço e estava deliciado a tirar toalhitas das mãos. Assim... enquanto o convencia a estar parado, apoiava o cotovelo na saída das toalhitas para impedir a brincadeira e o segurava para tocar o mínimo no wc (esqueci-me de levar base para trocar...), ainda trocava a fralda. Yeah, mãe-acrobata! Depois do passeio, voltamos para o lugar, o rapaz estava fascinado com a aterragem. No regresso, foi ainda mais simples. Vimos o avião levantar e depois... adormecemos os 3. Nesta fase valeu-me a mama para tornar tudo ainda mais simples. Dormiu durante toda a viagem. A mama era também o meu plano para potenciais problemas nos ouvidos durante o voo e por isso levei roupa que simplificava a amamentação (o lugar da pessoa com o bebé é, na Ryanair, forçosamente à janela, o que simplifica também este momento).
De uma forma geral foi mais simples e muito melhor do que a minha perspetiva mais optimista. Venham as próximas :)


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