Quando estamos apaixonados é difícil não querer gritar ao mundo o quão feliz e encantados estamos. Irradiamos alegria, o mundo parece-nos um local perfeito e achamos que todos se sentirão radiantes com a nossa felicidade.
Eu estou apaixonada pelo meu filho, perdidamente. Acho-o tão bonito, tão fofinho, tão perfeito que é para mim muito difícil não querer encher a internet de fotografias deliciosas dele. Partilhar as expressões, as caretas, aquele olhar fabuloso.
Mas depois... há o outro lado. Primeiro, o pai é totalmente contra o que, por si só basta para ter a decisão tomada. Mas mesmo que não fosse este o caso eu tenho as minhas dúvidas... será que um dia ele vai gostar que eu tenha colocado online fotos com o rosto dele? Como posso avisá-lo quanto a alguns perigos da internet, impedi-lo de publicar informação privada enquanto ele não a souber gerir se eu própria tomei essa decisão por ele? E se me descuidar e partilhar informações que o comprometem? E mesmo que conheça toda a gente que tenho no Facebook, há lá tanta gente que não vejo há tantos anos... Confiarei nelas? Há demasiadas questões em aberto para que ache que faça sentido partilhar fotografias do Duarte "em canais abertos".
É também verdade que eu adoro acompanhar os filhos dos meus amigos, como crescem, como estão bonitos. É aqui que as redes sociais dão um jeitaço. Aquelas pequenas coisas que não fazem sentido partilhar a não ser que estejamos diariamente com alguém ficam disponíveis online e aproximam-nos um bocadinho. E eu, que não gosto de pensar no quão obscuras podem ser as pessoas que estão do outro lado de um ecrã, fico sempre com um ligeiro desconforto, a pensar se não estaremos a exagerar nesta decisão...
Ambiguidades à parte, por agora as fotografias do Duarte serão apenas partilhadas nos grupos e conversas privadas. Por aqui e pelo facebook quero só fotografias bonitas mas "iguais a todas as fotos de um bebé". Afinal... tenho um filho lindo de morrer (cof, cof), mas garanto-vos que ao vivo é que ele é mesmo espetacular.
(Um artigo interessante sobre o tema aqui, no The Guardian).
Mas depois... há o outro lado. Primeiro, o pai é totalmente contra o que, por si só basta para ter a decisão tomada. Mas mesmo que não fosse este o caso eu tenho as minhas dúvidas... será que um dia ele vai gostar que eu tenha colocado online fotos com o rosto dele? Como posso avisá-lo quanto a alguns perigos da internet, impedi-lo de publicar informação privada enquanto ele não a souber gerir se eu própria tomei essa decisão por ele? E se me descuidar e partilhar informações que o comprometem? E mesmo que conheça toda a gente que tenho no Facebook, há lá tanta gente que não vejo há tantos anos... Confiarei nelas? Há demasiadas questões em aberto para que ache que faça sentido partilhar fotografias do Duarte "em canais abertos".
É também verdade que eu adoro acompanhar os filhos dos meus amigos, como crescem, como estão bonitos. É aqui que as redes sociais dão um jeitaço. Aquelas pequenas coisas que não fazem sentido partilhar a não ser que estejamos diariamente com alguém ficam disponíveis online e aproximam-nos um bocadinho. E eu, que não gosto de pensar no quão obscuras podem ser as pessoas que estão do outro lado de um ecrã, fico sempre com um ligeiro desconforto, a pensar se não estaremos a exagerar nesta decisão...
Ambiguidades à parte, por agora as fotografias do Duarte serão apenas partilhadas nos grupos e conversas privadas. Por aqui e pelo facebook quero só fotografias bonitas mas "iguais a todas as fotos de um bebé". Afinal... tenho um filho lindo de morrer (cof, cof), mas garanto-vos que ao vivo é que ele é mesmo espetacular.
(Um artigo interessante sobre o tema aqui, no The Guardian).
*eu pelo menos acho que sim!
Não sou mãe, pelo menos não ainda, mas confesso que também não colocaria, acho que é expôr uma criança e isso não é bom. No entanto, não sei o que farei um dia se tiver filhos, por isso, cada um sabe de si.
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