Dizia a Rotas e Destinos que Glasgow era "Londres em miniatura, criativa e cheia de gente à beira de um ataque de nervos. Dizia-me uns amigos, que Glasgow não tinha nada de mais. O Guia da American Express também não convenceu muito e portanto chegamos lá com as espectativas em baixo. Seria chegar e ver o que nos apetecia. Sem grandes planos ou ideias.
Quando chegamos à Glasgow Central Station tivemos o primeiro cheirinho a edifício "da Ilha". A estação, aberta desde 1879 (mas totalmente remodelada em inícios do século XX), é uma das principais estações do Reino Unido (e a mais concorrida, fora de Londres) e conta anualmente com cerca de 30 milhões de passageiros. Ao sairmos, vemos ferro, madeira, vídeo e pedra, todos “em muito”. Todas as lojas, gabinetes e o hotel interiores têm fachada em madeira escura, o telhado é em vidro (muita luz) e a fachada exterior em pedra.
Check-in feito e após um nutritivo almoço no KFC, saímos para a rua de mapa na mão rumo ao centro histórico. Segunda boa impressão: Glasgow é dos escoceses e não dos turistas (o que por vezes sabe mesmo bem). As ruas têm edifícios históricos e bonitos, mas não são de cortar a respiração. Por outro lado é uma cidade fácil de percorrer a pé, sem grandes inclinações.
A cidade pareceu-nos "eficiente". Há edifícios modernos intercalados com antigos, mas em combinações que fazem sentido, há harmonia. As fachadas estão limpas, as ruas são largas e é muito agradável passear por ali. Há inúmeras fachadas interessantes e sítios que apetece espreitar (embora do que percebi, a grande maioria não está aberta ao público, funcionando para albergar repartições públicas, escritórios, pólos da universidade....).
Testamos cervejas num bar (Brasileiro!!!), descansamos numa praça central e vimos todos os pontinhos daquela zona assinalados no mapa. Entramos na Galeria de Arte Moderna, onde não demoramos mais de 5 minutos (nem saímos do primeiro piso!). A instalação principal consentia num "bolo gigante" (uns bons 50 m2) que ocupava a sala principal do primeiro piso. O bolo era composto por várias camadas de serrim, de diversos tipos de madeira. E "decorado" com plástico suspenso. Não consigo entender estas formas de arte moderna. Não vale a pena.
Valeu-nos o edifício e o preço (entrada grátis) para não nos arrependermos da experiência do bolo de madeira...
Quando chegamos à Glasgow Central Station tivemos o primeiro cheirinho a edifício "da Ilha". A estação, aberta desde 1879 (mas totalmente remodelada em inícios do século XX), é uma das principais estações do Reino Unido (e a mais concorrida, fora de Londres) e conta anualmente com cerca de 30 milhões de passageiros. Ao sairmos, vemos ferro, madeira, vídeo e pedra, todos “em muito”. Todas as lojas, gabinetes e o hotel interiores têm fachada em madeira escura, o telhado é em vidro (muita luz) e a fachada exterior em pedra.
(interior da estação, ao fundo a entrada do Grande Central Hotel do lado da estação)
Check-in feito e após um nutritivo almoço no KFC, saímos para a rua de mapa na mão rumo ao centro histórico. Segunda boa impressão: Glasgow é dos escoceses e não dos turistas (o que por vezes sabe mesmo bem). As ruas têm edifícios históricos e bonitos, mas não são de cortar a respiração. Por outro lado é uma cidade fácil de percorrer a pé, sem grandes inclinações.
(Uma das ruas centrais, perpendicular a Argyle St, onde podemos ver alguns dos muitos edifícios "avermelhados" que vemos na cidade).
Continuando a vaguear por ali, descobrimos este e aquele edifício,
intercalado por prédios modernos. No final de uma das ruas, encontramos
esta torre e o marcador de uma das pontas do quarteirão de Merchant City
cuja origem remonta ao século VI. Conta a lenda que foi fundada por um monge irlandês,
sobrinho do rei Artur, que chegou aqui para se estabelecer (após ter
sonhado com o seu destino escocês) e à qual chamou Glaschu (dear green
place).
(Tolbooth Steeple marcador de um dos cantos de Merchant City)
A cidade pareceu-nos "eficiente". Há edifícios modernos intercalados com antigos, mas em combinações que fazem sentido, há harmonia. As fachadas estão limpas, as ruas são largas e é muito agradável passear por ali. Há inúmeras fachadas interessantes e sítios que apetece espreitar (embora do que percebi, a grande maioria não está aberta ao público, funcionando para albergar repartições públicas, escritórios, pólos da universidade....).
Testamos cervejas num bar (Brasileiro!!!), descansamos numa praça central e vimos todos os pontinhos daquela zona assinalados no mapa. Entramos na Galeria de Arte Moderna, onde não demoramos mais de 5 minutos (nem saímos do primeiro piso!). A instalação principal consentia num "bolo gigante" (uns bons 50 m2) que ocupava a sala principal do primeiro piso. O bolo era composto por várias camadas de serrim, de diversos tipos de madeira. E "decorado" com plástico suspenso. Não consigo entender estas formas de arte moderna. Não vale a pena.
(instalação na GoMA)
Valeu-nos o edifício e o preço (entrada grátis) para não nos arrependermos da experiência do bolo de madeira...
(Tecto e hall da entrada principal do GoMa)
Nesta altura tivemos que decidir: ou visitávamos a zona da universidade/catedral ou percorríamos a zona do rio. Estavam em pontas opostas e não havia tempo suficiente para ver ambas. Escolhemos o rio.
Glasgow cresceu nas margens do rio Clyde (muito escuro) e tem inúmeras pontas a unir as duas zonas da cidade. Umas vez mais de diversos estilos, com inúmeros efeitos. Fomos até ao Glasgow Green, um parque. Com o tempo a ajudar, o que não faltavam era gente pelo parque nas mais diversas actividades. E enquanto víamos grupos a Cricket eles lá diziam "que aqueles gajos não têm desportos de jeito" :)
(People's Palace museum e Jardins de Inverno - que não visitamos porque fechou 2 minutos antes de lá chegarmos...)
São vários os "adornos" deste Jardim. Um obelisco, uma ponte suspensa, um arco e um palácio/museu com uma estufa megalómana (People's Palace). Na frente do palácio está "a maior fonte de argila do mundo" (mas cheira-me que não há assim tantas fontes de argila no mundo), com homenagem a colónias do Império Britânico. A base tem quatro cenas do quotidiano a representar o Canadá, a África do Sul, a Austrália e a Índia., a parte intermédia elementos da guarda de cada país, e no topo, Isabel I.
Apesar dos museus fecharem cedo, no Verão os dias são grandes (viva o Norte!) e tivemos luz até perto das 22h. No entanto, depois de acordarmos cedo, andarmos entre aviões, autocarros e comboios e termos passado toda a tarde a caminhar, regressamos estafados para o hostel para cozinhar a única refeição decente da viagem: uma maravilhosa massa com atum! =)
O Hostel tinha uma coisa maravilhosa: uma máquina de vending de... gelados! E eu fui espreitar como aquilo funcionava: mete moedinha > escolhe gelado > sistema abre porta de uma arca frigorífica > sai uma pinça qual máquina de peluches > apanha gelado e... Ben and Jerry's Chocolate Therapy para mim! Gosto daquilo (mas ainda bem que não tenho uma num raio de 500m)
No dia seguinte, a última manhã em Glasgow, fomos ver a parte mais moderna da cidade. Uma vez mais, a pé. Esta etapa foi um bocadinho mais arriscada porque o edifício de interesse mais próximo ficava a cerca de 3,5km de distância. Mas "uma cidade conhece-se a pé" e foi a pé que nós fomos.
Seguindo sempre junto ao rio, começamos a entrar nos arredores (maioritariamente modernos) da cidade, mais casa, mais prédios, mais vidro, mais linhas rectas. No final, de um lado, o Auditório Clyde e uma antiga grua do porto da cidade, do outro, o Edifício da BBC Scotland (enorme e todo em vidro) e o Museu da Ciência, pelo meio, a estranha Squinty Bridge.
(Edifício da BBC, Museu da Ciência, IMAX e Glasgow Tower - a maior torre da Escócia)
(ao fundo a Clyde Arc e um dos muitos modernos edifícios habitacionais)
(antiga grua do porto de Clyde - que entretanto foi realocado, para sair do centro da cidade)
Posto isto, e visto que já tínhamos feito checkout no hostel e não podíamos cozinhar, seguimos para mais uma fabulosa refeição no McDonalds antes de apanhar o comboio para Edimburgo. Já na estação, o insólito do dia "queríamos 4 bilhetes, dos mais baratos, para Edimburgo, por favor". Entregam-me dois cartões, um "Glasgow - Edimburgo" para 4 pessoas, e outro de regresso e pedem-me um valor mais baixo do que esperávamos. "Mas eu só queria ida, não queria ida e volta". Sim, sim, vocês pediram "a forma mais barata e se comprarem ida e volta é mais barato do que comprarem só ida". Pronto, ok... Entramos no comboio, dizia eu que ia ver a paisagem... mas só me lembro de acordar já em Edimburgo. =)
(Pub nos arredores de Glasgow, giro e barato, com pints a menos de metade do preço que pagamos em Edimburgo)
Em suma, Glasgow superou a expectativa. Não é, de longe, uma cidade que valha uma visita exclusiva, mas vale a pena visitar, passar por lá, sentir o ambiente, sair à noite, passear perto do rio, observar as pessoas apressadas, ver todas aquelas sincronias de velho e novo. Mas... levem sapatilhas!
Deixaste-me com vontade de passar por lá! :)
ResponderEliminar... mas agora "vou" para o ginásio e depois... escolher/editar umas fotinhas! :)
Ahhhhh! Que fixe!!!
ResponderEliminarA primeira foto parece a estação do Harry Potter LOL :p
@Zoana: e tu ainda não viste nada! Edimburgo faz SEMPRe lembrar o Harry Potter! :)
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