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Ontem conversava com umas amigas (caramba, vejo a nossa "adultez" na quantidade de amigas com filhos que tenho!) sobre programas curriculares. Odeio ouvir falar em planos curriculares, em objectivos, em fichas de acompanhamento quando se trata de crianças tão pequenas. Mais... eu acho que mesmo a escola primária (não gosto de dizer primeiro ciclo ok?) deveria ser levada ainda a brincar.
Não sei até quando conseguirei "proteger" o Duarte desta pressão. Tenho a sorte de o poder deixar com os avós e quero aproveitar esta lotaria ao máximo. O rapaz pode ser índio à vontade, e isso deixa-em tão feliz. Dorme ao ritmo dele, passa muitas horas ao ar livre, e suja-se. Suja-se MUITO. É verdade que se estivesse uma cresce talvez já falasse um pouco mais mas muito provavelmente não saberia apanhar morangos nem gostaria de receber beijos nojentos das cadelas. Acredito que uma criança precisa para ser saudável (física e mentalmente) é muito pouco. Tento fugir das metas. Não quero saber (ou pelo menos se parar para pensar sei que não quero) o que "é suposto ele saber fazer com esta idade". A informação, o contacto, a sociedade, está a tornar-nos tão assustadoramente exigentes!
"Com esta idade, ele já deveria saber falar mais, já devia saber cores, já devia...". Não, não acho que devia. Talvez até eu lhe conseguisse ensinar mas... o que estaria ele a perder? Isto não é uma corrida, não é desta infância que eu me lembro. Confesso-me fascinada pela Pedagogia Waldorf. Adoro a ideia de se respeitar o ritmo, de se ensinar por desafios, por contacto, pela liberdade, pelo mundo. Claro que tudo isto é muito difícil. É preciso professores preparados e vocacionados. É preciso turmas pequenas, escolas com muito espaço. Não acho que seja fácil integrar tudo isto no sistema público e sou totalmente a favor do ensino público. Não sou fundamentalista e também não tenho a certeza de como funcionaria a integração. Nem sequer tenho uma escola destas a uma distância real.
Não sendo uma realidade para mim (ou muitos de nós), acho cabe fazermos a nossa parte. Deixa-los ser crianças. Não dramatizar com metas. Deixa-los sujar-se na terra, correr, cair. Leva-los a passear, ao parque, à praia, ao jardim. Viajar, mesmo que perto. Há sempre coisas diferentes para ver. Dar muito tempo para brincar. Conversar, dar tempo de qualidade (mesmo que infelizmente pouco). Dar-lhe liberdade para escolher mas impor regras, limitar gadgets. Deixa-los ser crianças. Para ser adulto há muito tempo...
Não sei até quando conseguirei "proteger" o Duarte desta pressão. Tenho a sorte de o poder deixar com os avós e quero aproveitar esta lotaria ao máximo. O rapaz pode ser índio à vontade, e isso deixa-em tão feliz. Dorme ao ritmo dele, passa muitas horas ao ar livre, e suja-se. Suja-se MUITO. É verdade que se estivesse uma cresce talvez já falasse um pouco mais mas muito provavelmente não saberia apanhar morangos nem gostaria de receber beijos nojentos das cadelas. Acredito que uma criança precisa para ser saudável (física e mentalmente) é muito pouco. Tento fugir das metas. Não quero saber (ou pelo menos se parar para pensar sei que não quero) o que "é suposto ele saber fazer com esta idade". A informação, o contacto, a sociedade, está a tornar-nos tão assustadoramente exigentes!
"Com esta idade, ele já deveria saber falar mais, já devia saber cores, já devia...". Não, não acho que devia. Talvez até eu lhe conseguisse ensinar mas... o que estaria ele a perder? Isto não é uma corrida, não é desta infância que eu me lembro. Confesso-me fascinada pela Pedagogia Waldorf. Adoro a ideia de se respeitar o ritmo, de se ensinar por desafios, por contacto, pela liberdade, pelo mundo. Claro que tudo isto é muito difícil. É preciso professores preparados e vocacionados. É preciso turmas pequenas, escolas com muito espaço. Não acho que seja fácil integrar tudo isto no sistema público e sou totalmente a favor do ensino público. Não sou fundamentalista e também não tenho a certeza de como funcionaria a integração. Nem sequer tenho uma escola destas a uma distância real.
Não sendo uma realidade para mim (ou muitos de nós), acho cabe fazermos a nossa parte. Deixa-los ser crianças. Não dramatizar com metas. Deixa-los sujar-se na terra, correr, cair. Leva-los a passear, ao parque, à praia, ao jardim. Viajar, mesmo que perto. Há sempre coisas diferentes para ver. Dar muito tempo para brincar. Conversar, dar tempo de qualidade (mesmo que infelizmente pouco). Dar-lhe liberdade para escolher mas impor regras, limitar gadgets. Deixa-los ser crianças. Para ser adulto há muito tempo...
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