sexta-feira, 30 de novembro de 2012

333.366

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Quarta-feira organizaram um torneio de malha entre as divisões do meu departamento. Eu, nomeada voluntária à força (não me ofereci porque já não jogava malha há anos) fui, e... ganhei (ganhamos, que aquilo era a pares, mas eu saí-me muito bem)! Depois de lhes ter dado coça nos matrecos e de ter ganho na malha, é dar-me umas cartas para a mão e ainda fico com a maior fama de tasqueira cá do sítio.

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Cá no open space, cada mesa está dividida por uns separadores de vidro fosco. Ora, por iniciativa das chefe, cada um passou uma horita da tarde em trabalhos manuais, para fazer uma autocolante decorativo e personalizado para os vidros. Basicamente é escolhemos um desenho simples e "contornável", pegamos em tintas e pintamos sobre acetato. Ao ao secar a tinta é destacável do acetato e aderente facilmente a superfícies lisas (como o vidro). Para "meu" objecto escolhi fazer uma mala de viagem, que já cá mora no vidro ao lado. O material não é nenhuma maravilha (pelo menos o que tínhamos). As tintas muito grossas, difíceis de espalhar e manusear. No entanto, o efeito final é castiço e pode ser uma actividade gira para fazer com crianças.

Santiago - A Mochila

Qual?
A mochila anda connosco SEMPRE. É a nossa carapaça. :) Tem que ser confortável, adaptar-se ao nosso físico, durável, com alças bem acolchoadas (e mesmo assim contem com a possibilidade de ombros pisados) e deve encaixar bem nas costas. Se tiver cintas para ajustar ao corpo (e distribuir melhor o peso) melhor. É muito importante que a mochila esteja adaptada aos ombros e ao corpo. Um mochila de 40L chega perfeitamente para tudo e mais alguma coisa. A mochila que eu levei é a Forclaz 40, da Decathlon e serviu lindamente para o efeito. O único problema é não ter capa impermeável, mas... é um problema contornável caso levem um impermeável onde cabem vocês E a mochila! (Sim, o efeito final é um bocado estranho). O que eu sinto menos saudades do dias do Caminho é mesmo... da mochila. Não porque fosse desconfortável, não porque estivesse demasiado pesada mas... porque eu não gosto muito daquela rotina do "chega ao sítio -> desmonta mochila -> prepara tudo -> dorme -> arruma mochila e parte para o próximo sítio". Eu gosto de ir de férias e assentar arrais num sítio mas... este é um "mal" necessário para um percurso como este. Por isso, contem que por um motivo ou por outro, vão chegar ao final a odiar um bocadinho a vossa "carapaça", por isso... é muito importante que a escolham bem.

O que levar?
Antes de mais... Pensem que vão ter que andar com a  mochila todo o dia. Que vão ter que fazer dezenas de km com ela às costas. Pensem que todas as noites a vão "desfazer" e todas as manhãs ela tem que estar pronta a partir. Ponderem muito bem em tudo isto enquanto decidem o que levar ou não. :) Pelo que lemos, é aconselhável que o peso da mochila totalmente carregada não exceda 10% do peso (sob mena de ainda mais bolhas, tendites e outros problemas físicos). A minha andava entre os 6 e os 7kg (dependendo da água que levava). Outra questão: a viajar em grupo há uma série de itens que são comuns (produtos de higiene, medicamentos) e podem (e devem) ser partilhados e distribuídos entre as várias malas. Segue a lista do que levamos:
  • Dormir
    • Saco-Cama (indispensável, os albergues não fornecem roupa de cama, não precisamos de um saco que protegesse de muito frio porque fomos em pleno Verão)
    • Colchonete (é aconselhável levar caso não arranjemos colchão nos albergues e tenhamos que dormir no chão. Nós não precisamos, nem vimos ninguém que precisasse mas pode sempre ser levada JIC. É levezinha e barata - levamos uma de ioga, custou 3€... caso esteja a chatear muito e não seja mesmo precisa: lixo com ela)
    • Fronha p/Almofada (eu não levei, mas pode dar jeito. Uma boa parte dos albergues tem almofadas e é útil. A partir de Espanha, todos os albergues em que ficávamos davam um capa para o colchão e outra para a almofada - daquele tecido descartável tipo "roupa" dos médicos. Em alternativa: forrar a almofada com o saco do saco-cama ou encher o saco com alguma roupa e torná-lo almofada)
  • Roupa
    • 2 calções (a ideia inicial era ir trocando entre eles mas... como um dos modelos tinha botão e zona na cintura mais dura e eu fiz uma enorme alergia ao suor, acabei por usar o mesmo par quase todos os dias - cintura de algodão elástico. Apenas usei o par suplente num dia que os calções não secaram a tempo ou para vestir depois do banho e ir passear. Ah! E convém que os calções não sejam curtos, para não causar cieiro).
    • 1 calças (levei umas calças levezinhas, de desporto, que acho que nunca cheguei a utilizar - nunca ficou frio suficiente para isso)
    • 3 t-shirts (1 normal, de algodão, 2 daqueles modelos xpto que eliminam a respiração - mais ou menos como esta. Tal como com os calções, a experiência com a camisola "normal" não correu muito bem e acabei por ir trocando entre as outras duas. O tecido é leve, confortável, fresco e seca muito rápido - uma grande vantagem. A outra camisola foi lavada e, tal como os "segundos calções" era a roupa "lavada" para usar depois do banho)
    • 1 Camisola Polar (mesmo em pleno Verão contem com frio - vão caminhar muitas vezes de madruga, ou passear ao final da tarde por isso uma camisola quentinha é muito importante)
    • Roupa Interior - 3 pares de cuecas + 3 soutiens confortáveis (é verdade que a roupa interior é muito leve e podia ter levado para os 10 dias mas, mesmo que optem por esta opção, é fundamental lavar a roupa que usaram. Imaginem roupa interior suja fechada num saco durante 10 dias. Conseguem perceber o problema?)
    •  Bikini (a ideia era ir dar uns mergulhos mas faltou-nos de um detalhe: a água dos rios é fria como tudo. Chegamos a vestir mas mergulhos zero. De qualquer forma acho que vale a pena levar)
    • Chapéu 
    • Capa impermeável (muito importante, mesmo em Agosto nós apanhamos chuva. Na Decathlon tinha-nos recomendado uns impermeáveis de caminhada que custavam cerca de 17€ mas... na secção de equitação descobrimos um modelo (igualmente impermável) óptimos para o caso), por 5.95€. Trouxemos o modelo de criança.
    • Pijama
  • Os pés
    • Botas (tinha pensado inicialmente em levar umas sapatilhas outdoor que tenho mas lemos em vários sítios que devíamos levar calçado "que proteja os tornozelos"... e como eu, pessoa muito mariquinhas e com grande tendência para torcer decidi investir numas botas - e consequentemente nas meias. Comprei este modelo, na Decathlon.  São leves, impermeáveis, protegem o tornozelo - ao contrário das sandálias/sapatilhas - têm boa tracção/apoio e... são relativamente baratas - pelo menos comparando com muito do que vimos. As sapatilhas são mais leves e maleáveis, as botas são impermeáveis e dão mais estrutura. É uma opção de cada um,  chegamos a ler sobre quem tenha feito o caminho com meias + sandálias.  Não há uma solução perfeita mas eu fiquei muito contente com a minha. Não levem calçado a estrear - para dar algum uso às minhas tive que andar de botas em pleno Verão (!).
    • Meias - 2 pares de meias de caminhada + 2 pares de meias normais  (as de caminhada para caminhar - este modelo - as normais para vestir ao final do dia. Para evitar bolhas é bom que as meias sejam de algodão e que não tenham costuras)
  • Higiene
    •  Toalha (levei uma toalha de microfibras, da Decathlon. É leve, muito pequena, seca rápido, absorve bem e é macia! Há em vários tamanhos e cores).
    • Shampoo/Gel de Banho (o mais pequeno possível, de preferencial, partilhado)
    • Escova de Dentes
    • Pasta de Dentes (de preferência também partilhada)
    • Pente
    • Chinelos (fundamentais! Para tomar banho, para passear - não vão querer voltar a calçar as botas depois de chegarem ao destino - e porque os pés precisam de "respirar"!)
    • Detergente para a roupa (levamos mas é dispensável - o sabão que existe nos albergues serve perfeitamente. caso não haja, lavem com gel de banho)
    • Papel Higiénico (não chegou a ser preciso, os albergues tinham sempre boas condições)
  • Outras Utilidades
    •  Corta-unhas
    •  Sacos plásticos (para a roupa suja, para proteger alguma coisa da chuva, para o lixo...)
    • Fio de nylon (pode ser útil para prender roupa na mochila)
    • Molas (muito importante para secar a roupa nos albergues ou prendê-la à mochila
    • Alfinetes de segurança
    • Canivete
    • Talheres (levamos talheres de plástico, caso precisássemos de comer e não houvesse talheres disponíveis)
    • Lanterna
    • Tampões para os ouvidos (eu não levei, mas eu durmo em QUALQUER lado, sob QUALQUER barulho! Mas... pode ser muito útil para quem tem problemas de sono).
    • Bloco + Caneta
    • Livro (eu levei um livro levezinho, mas não me lembro de o abrir)
    • Bolsa de cintura (para ter o dinheiro, o telemóvel, a credencial, a máquina, o canivete.... A minha mochila tem uma bolsa mas não cabia lá um décimo da tralha. Levei uma daquelas bolsas de cintura da Eastpack onde cabe sempre mais qualquer coisa)
    • Óculos de Sol (opcional)
    • Óculos / Lentes de Contacto (eu preferi usar lentes mas levei também os óculos por precaução)
    • Relógio
    • Alguma comida (barritas de cerais, bolachas... coisas energéticas e que não se estraguem)
    • Água (além do cantil - o meu era de cerca de 0,5L - sempre que possível andava também com uma garrafinha de água porque eu acho que 0,5L de água é muito pouco)
  • Farmácia 
    • Agulha e linha (para as bolhas)
    • Benuron
    • Imodium e um laxante (não esquecer que a alimentação altera muito naqueles dias)
    • Primperan (para o meu estómago, que às vezes se passa)
    • Nívea
    • Fenistil
    • Ligadura + adesivo
    • Pé Elástico
    • Betadine
    • Protector Solar
    • Antistax (dispensável)
    • Neutrógena - Hidratante para os pés
    • Voltaren (é um grande amigo)
    • Pomada relaxante muscular
    • Outros medicamentos de uso constante (se aplicável)
  •  Documentos
    • Cartão do Cidadão
    • Cartão de Saúde Europeu (caso tenham)
    • Credencial do Peregrino
    • Cartão Multibanco
  • Tecs
    • Telemóvel + carregador
    • Ipod + carregador
    • Máquina Fotográfica + Cartões de Memória extra + carregador (levei uma máquina compacta)
    • Tripla (porque com tanta tralha achei que ia estar a manipular as tomadas)
  • Peregrino
    • Cajado (opcional. Eu acho uma boa ajuda. Vimos muitos peregrinos sem cajado, muitos com cajado e uma com dois cajados tipo "bastão" -> parecidos com os de andar na neve)
    • Vieira (é o símbolo do peregrino, nas vésperas de sairmos comprei 4 vieiras recheadas no Pingo Doce - para jantar! Depois de lavadas pedi ao meu pai para fazer um furinho e cada um levou uma vieira na mochila. É só um elemento simbólico)
    • Um guia (levamos este)
Imporante: Apesar de parecermos uma farmácia ambulante (embora distribuída entre todos) e de levarmos alguma comida, não é preciso cair em exageros! Ao longo do Caminho aparecem farmácias, supermercados, lojas e lojinhas onde podemos comprar o que faz falta.

Como  arrumar?
Pelo que lemos, as coisas mais pesadas devem ficar em baixo. Para mim, também muito importante é que fique tudo minimamente ordenado (caso contrário a mochila não se adapta tão bem ao corpo). Eu tinha o saco-cama sempre no fundo da mochila, depois lá pelo meio os produtos de higiene, e por cima, a roupa. No bolso superior estavam os carregadores, o bloco e a caneta, a tripla e os cartões de memória. E por cima, amarrado e já fora da mochila a colchonete. Os medicamentos iam numa das bolsas laterais e na outra a lanterna, os óculos e alguma comida. A água ia numa rede que tem no centro da mochila - fácil acesso. Os documentos, o ipod, a máquina fotográfica, o dinheiro e o telemóvel ficavam na bolsinha da cintura. Como o saco cama tinha que ir para o fundo da mochila (e porque a minha mochila não tinha abertura no fundo) tinha que fazer a mochila sempre de manhã. O ideal é deixar tudo minimamente organizado na véspera para não fazer muito barulho a empacotar tudo de manhã (nem todos acordamos ao mesmo tempo). Depois é acordar, enrolar saco cama, vestir, arrumar tudo e siga! 

E só em equipamento... quanto é que isto tudo custa?
Ora bem... eu não comprei tudo o que levei. Uma parte tinha, outra foi emprestada e outra foi efectivamente comprada para a ocasião. Vou tentar contabilizar alguns dos custos do material mais importante - o mais semelhante com o que eu usei - e só aquele que possamos não ter usualmente em casa, só para que possam ter uma ideia:
Ora... isto dá um custo total de quase 200€ só em material (o que é muito, principalmente no caso de só usarem o material uma vez). Por isso, se querem fazer o caminho, pensem o que têm mesmo que comprar (botas?) e o que podem levar emprestado (saco-cama, colchonete, calções...) e... esgravatem lá por casa para não comprarem coisas desnecessárias.

(Nota: como é óbvio, o post não tem qualquer patrocínio da Decathlon, fiz os links para lá porque foi o sítio onde encontramos o melhor material e mais barato. Do que fomos vendo pelo Caminho, a Decathlon devia ter algum tipo de promoção para peregrinos. TODA a gente (e quando eu digo toda incluo portugueses, espanhóis, italianos e companhia) veste, calça ou usa muitos artigos Quechua.)

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Vamos lá ver se nos entendemos

Vamos lá ver se nos entendemos
Senhoras da Zara Home... Custava muito terem coisas menos giras ou menos caras?

Estive aqui a fazer umas contas...

Estive aqui a fazer umas contas...

Dos 31 dias que Dezembro tem, eu trabalho 12. Não que seja uma maravilha (porque gosto sempre de deixar uns dias de férias para o ano seguinte e este ano houve indicações para não o fazermos) mas... sabe-me tão bem olhar para o mapa de férias e ver tantos dias "bons".  Entre prendas, jantares de Natal, passeios, mudanças, e outros que tais, há muito trabalho para fazer. Mas... ao meu ritmo, à minha vontade. Tão bom! :)

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

331.366

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E depois chegam aqueles dias cheios de frio, chuva e escuridão e eu fico com a certeza que lá para o dia 2 de Janeiro já vou estar a "chorar" pela Primavera.

330.366

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No Domingo fiz uma maratona de decorações para a árvore. Marcar, cortar, coser. Tinha começado tão a tempo e horas e depois... desleixei. Mesmo assim, já está pronta a maioria e nos próximos dias a minha casa vai ter mais cheiro a Natal!

terça-feira, 27 de novembro de 2012

329.366

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Só hoje, desde que acordei, já me senti eufórica, frustrada, motivada, esperançada, desmoralizada, chateada e muito feliz. Assim, tudo no mesmo dia (e em menos de 12h). Passo várias vezes do "és a maior!" para o "se eu fosse a ti, ia à parede e batia com a cabeça, até fazer galo". Isto de ser mulher é uma coisa tramada.

328.366

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Está oficialmente aberta a época dos jantares de aniversário/natal/reencontro e outros que tais. Até meados de Janeiro vai ser sempre assim (e mandou-me o médico fazer dieta... pois).

327.366

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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Santiago - Quanto Tempo? Quando? Com Quem?

Quanto tempo?
Pode haver mil razões para alguém fazer o Caminho de Santiago. A Fé, o gosto pelas caminhadas, o "desligar" do mundo... Por vezes, um bocadinho de cada uma delas. Independentemente do motivo o melhor que podem fazer antes de começar é estabelecer objectivos à medida de cada um. Nós decidimos fazer o percurso em 10 dias (o que dá uma média de 25km/dia). Conhecemos gente a fazer o mesmo percurso em 5/6 dias e outros que andavam 15km/dia.  É importante não ter uma data extremamente rígida para nos podermos adaptar ao que formos vendo ou o que for acontecendo. Nós precisamos de encurtar uma etapa para fugir da chuva e optamos por ficar em Caminha para conhecermos e porque achamos que era giro ficar exactamente 5 dias em Portugal e 5 em Espanha.  Mas pode haver muitos outros motivos para fazer alterações no percurso. Para mim, uma vez mais, o mais importante é não haver rigidez. O objectivo não é CHEGAR a Santiago, é FAZER o Caminho de Santiago. Não o façam com pressas, com dores absurdas ou como um competição. Façamos porque é uma experiência incrível.

Quando?
Eu diria que a melhor altura para ir seria algures entre Abril e Junho ou Setembro e Outubro. O tempo é ameno e a probabilidade de chuva é pequena. Nós... como somos uns tipos corajosos, saímos em pleno Agosto (até porque era a única altura possível para todos).  Apanhamos dias muito quentes (o que tornou o início ainda mais difícil), mas depois de entrarmos no ritmo não sentimos grandes problemas. O segredo para fugir ao calor é madrugar (saímos dos Albergues por volta das 6h). Outro problema (?) dos meses "altos" é a quantidade de peregrinos. Segundo o que lemos é entre Julho e Agosto, na Semana Santa, e na semana do dia de Santiago Maior (25 de Julho) que existe maior quantidade de peregrinos no Caminho. Os albergues não permitem reserva, os lugares disponíveis são para os primeiros a chegar. Por outro lado este não chega a ser um verdadeiro problema, primeiro porque porque os albergues em cidades mais concorridas planeiam algumas alternativas (pavilhões de escolas/bombeiros abertos para os peregrinos, fornecimento de colchões e cobertores), depois porque probabilidade de haver cama disponível no albergue seguinte é alta para quem sai cedo e tem um ritmo dentro da média. Por outro lado é muito giro encontrar outros peregrinos pelo caminho! Há que ponderar... Nós fomos tendo sempre onde dormir bem (dentro do que é dormir "bem" para um peregrino!). Por outro lado... conhecemos um grupo que fez o Caminho num Ano Jacobeo (sempre que o dia 25 de Julho calhe a um domingo) - Ano Santo - onde a afluência de peregrinos é ainda maior e "juraram para nunca mais". É aparentemente impossível encontrar albergues limpos, livres e/ou a preços decentes nesta altura. Fazer o Caminho durante o Inverno... parece-me uma coisa um bocado heróica. Dias curtos, percursos cheios de lama e probabilidade de muita chuva ou neve tornam o percurso quase impossível.

Com Quem?
Eu diria que "nem muitos nem poucos, assim-assim". :) Mais do que 5/6 pessoas é já um grupo grande para uma coisa destas. Grupos grandes implicam uma logística maior: diferentes ritmos, diferentes opiniões, diferentes opções/gostos na comida. Mesmo para arranjar alojamento, é difícil "encaixar" toda a gente. Não é impossível, só requer uma estratégia diferente (encontramos, por exemplo, um grupo de cerca de 30 checos que saiam sempre cedo e andavam cerca de 15km por dia até ao próximo albergue onde "acampavam" até à abertura - abrem sempre depois da 1h - de forma a garantir sempre lugar). Fazer o percurso sozinha... hum, eu não era capaz. Primeiro porque é efectivamente perigoso. Passamos por sítios onde nem sequer há rede e onde é fácil... torcer um pé ou cair. Depois, há a questão da motivação, ter alguém com quem falar ajudar a passar o tempo, ajuda a distrair e "puxa" por nós. Por outro lado, é muito fácil para um peregrino "sozinho" encontrar um grupo a quem se juntar (pelo menos alturas de grande afluência). Em qualquer caso é importante não esquecer os fiéis companheiros de qualquer viagem em grupo: muita paciência e bom senso. Não temos todos ritmos iguais, não temos todos gostos iguais por comida, não queremos todos de ver ou fazer a mesma coisa. Mas... e dado somos todos "malta boa" (a má não vai fazer o Caminho!) é tudo fácil de gerir. :)

sábado, 24 de novembro de 2012

Alimente Esta Ideia

Alimente Esta Ideia
Eu alimento!
Para quem quiser ajudar e não tiver tempo ou paciência para ir para um supermercado cheio, já é possível doar online, aqui. É rápido, fácil e ainda enviam o recibo para casa.
Para quem preferir escolher o que dar e onde dar, a campanha de recolha nos supermercados é no fim de semana de 1/2 de Dezembro.
A partir de 1 de Dezembro (e até 9) estão também disponíveis nos supermercados "vales" com produtos.

326.366

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Baby it's cold outside (E eu por mim hibernava aí umas duas semanitas)

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

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Chá, Canja, Massa cozinha e Frango Grelhado e eu... eu a chorar por chocolate, café, bolos e mariscos (que agora que já me sinto bem, a fome voltou em força). Thank God it's Friday e eu já estou quase boa!

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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

E a emissão deve voltar dentro de momentos ao "normal"

Acordei na 3a feira com dores no estômago. Um copo de leite, e outro. Ao almoço estava muito pior. Farmácia. Badagaio na farmácia. Água com açúcar. "Tem que ir ao médico". Casa. Constantemente um tipo invisível a dar-me murros na barriga. Vómitos e outros que tais. Médico. 
Gastroenterite. "Isso cura-se com descanso, chá e muita dieta.". E lá vim eu.
E depois de um dia e meio de "descanso, chá e muita dieta", cá estou eu quase fresquinha (ok, só a 90%). Depois de despachar as 300 coisas pendentes após "ausência" volto a dar notícias "de boa vida". :) 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

O Caminho Português de Santiago

"Fazer o Caminho Português de Santiago é uma forma privilegiada de viajar, estar em contacto com a natureza, com as populações locais e com outros peregrinos que por mil e uma razões se aventuram nos seiscentos quilómetros que unem Lisboa a Santiago de Compostela, ou uma parte deles. Mas é acima de tudo voltar a sentir o lado mais simples da vida.
A pé, a cavalo ou de bicicleta, todos aqueles que o percorrem fazem muito mais do que seiscentos quilómetros. O Caminho de Santiago é, acima de tudo, um caminho interior. No Caminho Português, por ser ainda um dos menos explorados, acaba por ser também um dos mais intensos - o grau de intimidade e contacto humano sobem consideravelmente e marcam de uma forma vincada esta experiência para a vida."

Há anos que falava em tentar fazer o Caminho de Santiago. Não sei o porquê ao certo. Queria fazer o Caminho porque todos os relatos que lia falavam de uma viagem inesquecível. Queria fazer o Caminho como quero ir a Nova York ou a Maputo. Queria porque "sabia" que ia ser muito bom. 

Mas entre o "querer" e o "fazer" ainda ia uma distância do caraças. 

Depois apareceu a oportunidade. Um grupo para ir, uma data possível para todos e um grande "porque não"? Senão fizer agora, não sei quanto mais tempo vou ter que esperar por outra oportunidade por isso... 'bora lá marcar 15 dias de férias para me por a caminhar até Santiago" e depois... depois logo se vê. 

E viu, saí do Porto e cheguei a Santiago no tempo previsto. Não foi melhor nem pior do que imaginava porque não conseguia sequer pensar em como seria. Mentira... foi melhor, porque no dia em que saimos eu  não acreditava que fosse conseguir sequer chegar a Espanha. :) 

Na altura em que começamos a preparar a viagem  percebemos que não era fácil encontrar muita informação sobre o Caminho Português (a maioria dos sites são brasileiros e falam do Caminho Francês). Durante o Caminho pensei que devia postar sobre o que fomos vendo e fazendo, mas depois... a preguiça e a correria do Tempo falaram sempre mais alto. 

Agora... as opiniões e informações estão um bocadinho diluídas (já passaram 3 meses!) e, quanto mais esperar, pior. Assim,  nesta do "Agora ou Nunca" vou fazer uns posts sobre Santiago. O que vimos, os albergues onde ficamos, a preparação, os comentários, a sinalização do percurso,  os peregrinos, a mochila e... um bocadinho do que sentimos. Porque pode sempre vir a ser útil para alguém e porque (agora que já não tenho nenhuma réstia de mazelas) posso garantir que é uma experiência que vale MUITO a pena (ou como quem diz... as bolhas, o cansaço e as dores).

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

323.366

323.366
E entre a minha pequena febre Modern Family, os trabalhos de inglês, o jantar de Sábado, algumas mudanças, limpezas, conversas, organização de papelada e cartões (tenho um porta-cartões todo giro) olho para o fim de semana e não sei se não fiz "nada" ou se fiz "muito". Ficaram enfeites por fazer, fotografias por organizar, posts no blogue por preparar, roupa por arrumar. Ainda não fiz NADA do workshop da Alisa Burke e as prendas de Natal estão em standby.  O tempo é sempre curto. Apetece-me dizer que  um dia perco a cabeça e começo a levantar-me cedinho para ver se as coisas de manhã rendem mais mas... duvido que tenha coragem para isso. 

322.366

322.366
(Sim, as fotos desta semana estão um valente porcaria)

Menu de Sábado passado: pão de queijo, picanha, quindim. 
Ideia: Inaugurar a casa nova. Experimentar o forno, o fogão, o sofá e afins.
Potenciais riscos: Esquecer-me de alguma coisa importante, queimar comida, partir louça.
Resultado: Não me esqueci de nada. Não partimos nada. Não faltou nada mas... o pão de queijo, a picanha e o quindim são feitos não forno e... descobrimos que o forno não funciona: as resistências não aquecem e o forno tem corrente. Não sei se preciso de um novo ou se é alguma coisa mal ligada. 
Plano B: Congelar a massa do pão de queijo, esquecer o quindim, fatiar a picanha e grelhar na chapa. Amaldiçoar-me por não ter testado o forno antes (liguei e vi que ligava mas não vi se aquecia!)
Salvação mor: Caipirinhas. :) Não precisam de forno e... salvam qualquer situação.

É por estas e por outras que o Destino me levou a encontrar uma casa em frente à TelePizza!

321.366

321.366
Ando a ver Anatomia de Grey, Dexter e Sete Palmos de Terra. Só dramas portanto. Na 6a revoltei-me e decidi pegar em alguma coisa mais animada, que de problemas já bastavam os meus sonhos (a sério, isto andou mesmo mal). Ataquei Modern Family. O fim de semana teve direito a 15 episódios e soube-me pela vida.  As saudades que eu já tinha de uma coisa assim: uma boa série, cheia de episódios disponíveis e sem dramas. Ufa.

320.366

320.366
Passei todas as noites da última semana a ter pesadelos e a lembrar-me perfeitamente dos mesmos (todas!). Desde incêndios em casa a doenças houve espaço para um bocadinho de tudo. E, como sempre que me lembro dos sonhos, sinto-me muito mais cansada, na quinta-feira à noite já estava a dar o tilt. Adeus jantar, à aula de ginástica e a tudo o que queria ter feito. Olá sofá, chá e revista para sonhar com passeios.

domingo, 18 de novembro de 2012

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Yabba Dabba Doo!

Yabba Dabba Doo!

Sexta-feira e já passa das 5 da tarde. Menos de duas horas para o fim de semana.

Amanhã há festa lá em casa. Diz que é uma espécie de inauguração (a primeira, que eu não podemos ter lá toda a gente ao mesmo tempo). Vamos lá a ver se não somos expulsos pelos vizinhos ainda antes de mudar para lá.

Obrigado Saramago. Continuamos a ler-te.

Obrigado Saramago. Continuamos a ler-te.
“Escrevo para desassossegar, não quero leitores conformados, passivos, resignados”, disse José Saramago pelos cantos do mundo. (...)  Não somos massa, nem um número, nem uma estatística, e muito menos um rebanho dirigido. Somos homens e mulheres capazes das maiores proezas, incluindo a de sorrir em tempos sombrios, porque decidimos que ninguém nos gela o sangue nem nos corta a respiração.

A primeira coisa que vi do Saramago foi o filme José e Pilar. Antes disso achava-o inacessível, arrogante e nem sequer consegui justificar esse sentimento. Quando vi o filme/documentário, perdi muitos dos pressupostos não fundamentados, que eu tinha. Gostei tanto de o ver. Gostei daquele Saramago, daquela relação, daquela força de viver. É tão "simplesmente bonito". Comprei o Caim. Depois o Pequenas Memórias. São livros fáceis. Anda a apetecer-me mais um. Este fim de semana a Leya está com 50% de desconto e eu já tenho 2 livros a caminho.

De...coração #03 *

De...coração #03 *





A Cozinha. Onde começam os dias e acabam as festas. Aparece o pão, provam-se os bolos. Experimentamos receitas, recebemos amigos. Para mim uma cozinha não deve ser só funcional, completa, organizada e detalhada. Tem que ser bonita, confortável, espaçosa e luminosa. Com quadros, com detalhes giros, com cuidado e... com amor.

* Título surripiado do maravilhoso Tapas na Língua.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A voz

Perguntam-me porquê ter um blogue. Para quê? Qual é o objectivo?
Respondo. Porque não?

Um blogue é um bocadinho a nossa voz neste maravilhoso mundo da Internet e... eu gosto mesmo da falar (ainda que ligeiramente atabalhoada).

Mas há mais.

O blogue é a desculpa perfeita para eu "fazer". Ter um compromisso com o blogue (ou para quem está do outro lado do ecrã) resulta como um excelente incentivo. Passei a fotografar mais, a escrever mais, a fazer mais. Há meia dúzia de textos e fotos neste blogue dos quais sou capaz de me orgulhar. Há vários blogues que gostei muito de descobrir. Há ideias novas que estão sempre a aparecer.  Nos últimos tempos tenho percebido que o blogue tem menos de mim do que gostava. Por falta de tempo e... por preguiça.  Por isso, chegou a hora de arregaçar as mangas e "botar faladura". Mi agurdem!

(sempre) Tão bonita

(sempre) Tão bonita

Barulho estranho... uuuhhhh

Há uns tempos que entrava aqui no blogue e ouvia um barulho estranho, que variava entre o que parecia um cão a arfar e um cavalo a trote. Não acontecia sempre e, nunca ninguém se tinha queixado do mesmo por isso... comecei a achar que estava a ouvir coisas. 
Hoje, voltei a entrar no meu bonito lugarzinho da internet (ooohhh) e lá estava o raio do barulho, repetido e constante. Fechava a tab do blogue, acabava o barulho, abria e... barulho de novo.  Ok, é hoje que te apanho. Comecei a escarafunchar (que é como quem diz, remover os addons do blogue um a um até o barulho desaparecer) e encontrei o culpado: o contador de "leitores online" do blog utils. Por isso, removi o dito cujo e substituí pelo contador do whos.amung.us . Problema resolvido.

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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

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Velho ou novo?

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em caso de dúvida e porque hoje (ainda!) é 4a feira

em caso de dúvida e porque hoje (ainda!) é 4a feira

terça-feira, 13 de novembro de 2012

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Vamos?

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Os impostos, a notária, os custo da escritura e de alterações de morada fiscal, o seguro.
Os gajos do gás, da luz e da água.
Os orçamentos, os prazos, as marcações em horários estranhos. 
O carpinteiro, o trolha, o serralheiro, o picheleiro, o electricista.
As janelas duplas, a janela do sotão, a porta da lavandaria.
A cama, os bancos, o sofá, alguns cabines e lâmpadas.
Os pratos, os copos, os lençóis, as toalhas.
O betão para o chão, o produto para restaurar a madeira, o tecido para estudar e forrar móveis usados.

E eu na balança entre o "adoro isto" e o "se soubesse o que sei hoje alugava um T0 mobilado".


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Gostam de massa meia crua e quente? Então experimentem uma Tripa de Aveiro. Tão bom. :)

311.366

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E para combater a "ronha": um café e um chocolate com sabor... a chá.

Nem mais

O Sparky e o filho da puta que o arrastou 

Não sou daquele tipo de pessoas que entope as caixas de correio dos amigos com pedidos de ajuda para o caniche de Carrazeda de Ansiães que sofre horrores ou para o Bobby de Trajouce que precisa de ser operado às cataratas. Limito-me a ser amiga de algumas associações no Facebook e pronto. Choro quando vejo filmes com bichos que morrem e comovo-me com vídeos que contam histórias bonitas. Na verdade choro por tudo e por nada, tenho umas lágrimas que saltam cá para fora a propósito de tudo, raça das miúdas, o que não quer dizer que não sejam verdadeiras. Hoje dei de caras com o Sparky, o cão que foi arrastado por um animal de Vila Real e lá vieram elas. A besta que atou aquele cão ao carro e o arrastou durante sei lá quantos metros, devia sofrer exactamente o mesmo. Mas aposto que nem uma multa vai pagar porque em portugal os cães são como ratos. As pessoas olham para eles de lado e dão-lhes pontapés. Os cães não podem nada. Não podem ir à praia, não podem ir a muitos parques e jardins, não podem entrar em lojas, cafés, restaurantes como em outros países da Europa como, por exemplo, a muito pouco civilizada Itália. Até eles, que são tão rudes, tratam bem os animais. Aqui não. Pode-se esfolar cães, fechá-los num armazém com mais 50, fazê-los passar fome e dizer que são para a caça, bater-lhes, cortar-lhes as orelhas e os rabos, apagar cigarros no lombo, deitá-los ao rio, abandoná-los em auto estradas. Pode-se fazer tudo porque não há castigos para nada. O Sparky está todo fodido. Tem feridas por todo o lado, não come e está em choque. Vai ter de ficar internado umas duas semanas. Era um cão normal, provavelmente brincalhão - são quase todos - e sedento de mimos - são quase todos - até um filho da puta o ter amarrado a um carro e arrastado pelo alcatrão. E também não me vou pôr aqui com clichés e frases feitas de que uma civilização se mede pela forma como trata os seus animais. Essa merda já está gasta e entra por um ouvido e sai pelo outro. O que eu queria mesmo era encontrar esse cabrão sádico que decidiu divertir-se com o Sparky e enfiar-lhe um tarolo de madeira cheio de pregos pelo rabo acima, atirá-lo para meio de quatro enxames de abelhas furiosas e no fim dar-lhe um pontapé na cabeça. Só para reinar. 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Wake up!

Wake up!
Perfeita não é? Daqui.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Can you feel it?

Can you feel it?

Querido Novembro

Querido Novembro, vamos lá fazer as pazes.

Eu sei que passo uma boa parte do ano a temer que chegues. Trazes o frio, os dias pequenos e obrigas-me a conduzir muitas vezes com chuva (e eu odeio conduzir com chuva). Passo os dias a dizer que "este tempo dá-me cabo do bom humor" e a gabar Dezembro. Com o Verão manhoso que tivemos ainda andei a apregoar que íamos ter um "Verão de S. Martinho". Pois sim, a avaliar pelas previsões para os próximos dias não me parece. Confesso mesmo que não morro de amores por ti e cheira-me que com tanta reclamação minha deve ser reciproco.

Mas deixa lá, não faz mal. Vamos lá fazer as pazes. Estive a pensar e afinal até gosto de ti. Mais do que isso... preciso que este ano sejas um mês bestial. Andei a fazer contas à vida, ao tempo, e às ideias. Tenho tudo alinhavado num a folha do Excel e no Calendário do Google (que eu agora ando a esforçar-me) com as coisas que tenho para fazer este mês e... acho que tens tudo para ser um mês fabuloso ou... uma frustração total. Repara. És o mês do Workshop da Alisa Burke. O mês para acabar as decorações de Natal. O mês para COMPRAR a árvore de Natal. Quando acabares, espero ter um sofá e uma mesa na sala, lençóis no quarto e uma assadeira nova. Espero ter menos buracos na cozinha e ter conseguido reparar as juntas da tijoleira (sem destruir a mesma). E já agora ligação de gás, que estou farta de deitar dinheiro fora com tantas burocracias. E já que não pára de chover, queria mesmo comprar um chapéu para a chuva. Acho tão giro usar chapéu. E uma casaco novo, que perdi o meu porque ando sempre com a cabeça no ar.

Novembrozinho, não te peço "doce" peço-te "vontade". Para enviar os emails pendentes. Para dobrar muito papel (!). Para coser muitas estrelas. Para cozinhar um jantar há muito prometido. Para fotografar. Para arrumar. Para limpar. Para trabalhar. Para ensinar. Para poupar uns tostões para um fuga em Dezembro. E já agora manda as notícias de que espero rápido, não vá o F5 avariar com tanto refresh forçado ao email. 

Ah... esquece lá aquilo do frio, não faz mal. Afinal, já é quase S. Martinho e eu não sou capaz de gostar de castanhas com calor. 

Estamos combinados?

Obrigada,
Vera

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Eu acho.

Eu acho.
Eu acho que uma potencial vitória de Mitt Romney traria ainda mais problemas ao caótico estado da Economia. E que seria um Presidente Pró-Guerra, Racista, Fundamentalista, Conservador. E que seria um retrocesso em muitas frentes. E sim, eu até poso não percebo nada de Política nem de Economia, mas costumo ter bons feelings e acreditar muito mais nas pessoas que em cores políticas. E eu acredito que a naturalidade, a descontracção, o amor e carinho que se vêem em  acções como esta ou imagens como estas, são verdadeiras. Obama é sem dúvida "um dos bons". Por isso... clap clap para o resultado eleitoral de ontem. Ufa.

De...coração #02 *

De...coração #02 *



(Via Pinterest, sem ligação)

Juntar o sofá, as cadeiras, a mesa grande, a estante. Por um tapete ali, um quadro acolá. Escolher cores neutras, pintalgar tudo com uma cor viva. Encher de amigos, chamar a família. Aproveitar os dias pequeninos, namorar a nossa casa.

* Título surripiado do maravilhoso Tapas na Língua.

310.366

310.366
Querido feijãozinho. Que já não és um feijão. Que já não és "inho". Estás linda!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

309.366

309.366
Uma Trança com Doce de Abóbora feitos lá por casa.
Um copo de um bom vinho do Porto que vem num garrafão "feio".
Um bom livro.
Um Domingo perfeito.

Portugal


Portugal
Eu tenho vinte e dois anos e tu às vezes fazes-me
sentir como se tivesse oitocentos
Que culpa tive eu que D. Sebastião fosse combater os
infiéis ao norte de África
só porque não podia combater a doença que lhe
atacava os órgãos genitais
e nunca mais voltasse
Quase chego a pensar que é tudo mentira que o
Infante D. Henrique foi uma invenção do Walt Disney
e o Nuno Álvares Pereira uma reles imitação do Príncipe Valente
Portugal
Não imaginas o tesão que sinto quando ouço o hino
nacional
(que os meus egrégios avós me perdoem)
Ontem estive a jogar poker com o velho do Restelo
Anda na consulta externa do Júlio de Matos
Deram-lhe uns electro-choques e está a recuperar
àparte o facto de agora me tentar convencer que nos
espera um futuro de rosas
Portugal
Um dia fechei-me no Mosteiro dos Jerónimos a ver
se contraía a febre do Império
mas a única coisa que consegui apanhar foi um
resfriado
Virei a Torre do Tombo do avesso sem lograr encontrar
uma pétala que fosse
das rosas que Gil Eanes trouxe do Bojador
Portugal
Se tivesse dinheiro comprava um Império e dava-to
Juro que era capaz de fazer isso só para te ver sorrir
Portugal
Vou contar-te uma coisa que nunca contei a ninguém
Sabes
Estou loucamente apaixonado por ti
Pergunto a mim mesmo
Como me pude apaixonar por um velho decrépito e
idiota como tu
mas que tem o coração doce ainda mais doce que os
pastéis de Tentugal
e o corpo cheio de pontos negros para poder
espremer à minha vontade
Portugal estás a ouvir-me?
Eu nasci em mil novecentos e cinquenta e sete Salazar
estava no poder nada de ressentimentos
o meu irmão esteve na guerra tenho amigos que
emigraram nada de ressentimentos
um dia bebi vinagre nada de ressentimentos
Portugal depois de ter salvo inúmeras vezes os
Lusíadas a nado na piscina municipal de Braga
ia agora propôr-te um projecto eminentemente
nacional
Que fôssemos todos a Ceuta à procura do olho que
Camões lá deixou
Portugal
Sabes de que cor são os meus olhos?
São castanhos como os da minha mãe
Portugal
gostava de te beijar muito apaixonadamente
na boca.

Poema de Jorge de Sousa Braga

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Perdida por aí

Estou a organizar uma lista de blogs e links úteis aqui para o blog. Crafts, cozinhados, decoração, casamento, gestão, fotografia, viagens e tudo aquilo que gosto de ver. Ando por aí, perdida de blog em blog e encontro coisas tão mas tão boas que o difícil é conseguir parar.

308.366

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